Acompanhe o blog também pelo Instagram

Blogs Parceiros

sexta-feira,
28
de

Resenha | 12 Anos de Escravidão | Solomon Northup

Título: 12 Anos de Escravidão
Autor: Solomon Northup
Editora: Seoman
Páginas: 232
Skoob
Avaliação:

Sinopse - skoob: Filme vencedor do 71º Globo de Ouro e indicado para o Oscar 2014 em 24 categorias, é adaptação de livro que será publicado este trimestre pela Seoman. 12 Anos de Escravidão é um livro de memórias angustiantes sobre um dos períodos mais sombrios da história norte-americana. Ele relata como Solomon Northup, nascido um homem livre em Nova York, foi atraído para Washington, D.C., em 1841, com a promessa de um emprego, e então drogado, espancado e vendido como escravo. Ele passou os doze anos seguintes de sua vida em cativeiro, trabalhando, na maior parte do tempo, em uma plantação de algodão em Louisiana.
Após seu resgate, Northup escreveu este registro excepcionalmente vívido e detalhado da vida escrava. Tornou-se um sucesso imediato e, hoje, é reconhecido por sua visão incomum e eloquência, como um dos poucos retratos realmente fiéis da escravidão americana, redigido por alguémtão culto quanto Solomon Northup — uma pessoa que viveu sua vida sob a óptica de uma dupla perspectiva: ter sido tanto um homem livre como um escravo. Nas telinhas do Cinema, Solomon Northup será interpretado pelo ator Chiwetel Ejiofor e Brad Pitt interpretará o abolicionista canadense que ajudou Solomon a reconquistar sua liberdade, além de ser o produtor do filme. Um relato surpreendente de um importante período, que conta em detalhes históricos, os perigos, os horrores e humanidade da vida de um grande número de escravos. Uma peça inestimável da História: as memórias de Solomon Northup.


Este é um livro forte e visceral. Solomon me fez reviver e visualizar os horrores da escravidão através de sua narrativa franca.

Diversos aspectos me chamaram atenção nesta leitura e um dos primeiros foi o perfil do autor. Solomon conta ao longo das 232 páginas do livro sua saga desde seu rapto até sua libertação. E é incrível como dá para enxergá-lo em sua narrativa e até mesmo analisar traços de seu perfil. Solomon se justifica e se desculpa em algumas passagens, quando o que vai narrar foi algo contado por alguém. Se ele não viu com os próprios olhos, sempre nos explica isso e já se adianta em pedir desculpas caso não possa estar sendo totalmente fiel aos fatos. Penso que é o perfil de quem, como retratado no livro, recebia chibatadas sem o menor motivo ou justificativa - se é que em algum momento alguém possa justificar o açoite. Aprende-se com as durezas da escravidão a ser cuidadoso com todos os passos, palavras e ações.

Outro falo interessante do perfil de Solomon é que, ao que pareceu-me, o sofrimento o ensinou a ver o lado bom de tudo. Pude notar que algumas coisas que ele dizia em favor de alguns senhores de escravos eram bem benevolentes. Incrível para mim, leitora do século 21, entender como é que alguém que era dono de escravos ter algo de bom, aos olhos dos próprios escravos. Solomon me mostrou que diante da dor insuportável, um mínimo de bondade é algo a ser exaltado e noticiado.

Sei que pode parecer, ao nos depararmos com a premissa da obra, que é algo repetitivo e maçante... Falar novamente da escravidão? Não está um tanto quanto batido? Não. Definitivamente 12 Anos de Escravidão me presenteou com uma perspectiva diferente de tudo que eu já havia visto em termos de escravidão porque é relatado por um homem culto e inteligente que viveu na pele estas angústias excruciantes. Não é o relato histórico de alguém que pesquisou a fundo. Nem mesmo as memórias de um branco que via de fora o que os negros passaram. Não. É o relato pessoal de um negro que soube contar muito bem as sensações de quem experimentou esta vida.

Pude notar alguns pequenos momentos de uma certa ironia, que me permitiu relaxar os músculos durante a leitura, que em geral é um relato fiel aos acontecimentos e feito de forma fluída e sequencial. Por conta desta fidelidade posso dizer que dói. A leitura dói como se estivéssemos na pele do autor. Vendo e sentindo tudo. E a sequência é perfeita. Cronológica. E no final há um "voltar ao tempo" que nos contextualiza em um acontecimento e que achei muito bem feito e no momento exato.

Em termos de edição, posso dizer que é uma obra feita com cuidado e carinho. Não encontrei erros e não existem detalhes. As páginas são cruas, com algumas narrativas bem longas. Altamente positivo, em contextualização com o que ele trata e retrata. Ele quase poderia ter sido publicado em folhas ásperas e duras pelo peso do que contém suas páginas. Tem folhas amareladas que favorecem a leitura, margens adequadas e capa condizente com a história. Dou meus parabéns à edição.

Pessoalmente, este livro não pode ter nota menor que a máxima nas avaliações. É a vida de um homem. Mais que isso, é a vida de uma raça. É um relato de uma realidade que, absurdamente, ainda vemos acontecer de forma velada em muitos momentos de nosso dia a dia. Intolerância, certeza de uma superioridade infundada, barbaridades que assustam o mais preparado dos homens. Sem dúvida, 12 Anos de Escravidão é um dos mais belos - embora doloroso - livros que li nos últimos tempos e me arrisco dizer que deveria ser leitura obrigatória. Todas as pessoas deviam saber, pela boca de um homem, o que é estar à margem pela imposição de uma sociedade hipócrita, gananciosa e cruel.

Indispensável!

Esta é a última postagem que vale participação no TOP Comentarista de Fevereiro. Clique aqui e veja as regras.

quarta-feira,
26
de

Autora Parceira #20 - Joana D´arc

Olá leitores, tudo em paz?

Hoje venho apresentar a vocês mais uma autora parceira! Vocês conhecem meu blog, e sabem o quanto prestigio, dou força, falo e apoio a literatura nacional. Os Nacionais ocupam a melhor prateleira da minha estante de livros, e eu os amo apaixonadamente.

Daí Joana D'arc veio fazer parte desta família linda do Escrev'Arte, e eu fiquei muito feliz com isso!!! :)

Conheçam um pouco da autora:


Joana D'arc nasceu em 6 de março de 1986, na cidade de São Paulo. Logo mudou-se para a cidade de Embu das Artes onde reside até hoje. Sua atividade literária começou aos 23 anos, quando publicou seu primeiro livro “Amor ou Obsessão”. Depois disso não parou mais.
Suas outras obras são: Prima Facie, Arddhu, Solitude, Ilusão, Carpe Diem, Na Estrada da Vida, Poesias, Sob o Luar, Reflexos e Anjo da Lua. Todos publicados pelos sites AGBOOK e Clube de Autores.
Foi indicada 4 vezes ao Prêmio Shorty Awards e ficou no top 100 do Prêmio Top Blog 2011 e 2012 e está participando do prêmio em 2013 novamente. E participou do 2°, 3° e 4° Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea. Ficou em 4° no Prêmio OuroNet 2012.
É colunista do Portal Entrementes:
http://entrementes.com.br/category/colunistas/joana-darc/
Foi editora da Revista Literária Benfazejahttp://www.benfazeja.com/2013/05/contos-fantastico-zumbis.html
Participou do CONCURSO CULTURAL NETLABTV – 2013.
E colaborou com a Revista Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Pi².

E dentre suas obras, vai ter resenha aqui pelo Escrev'Arte "Anjo da Lua"!! Saibam um pouquinho da obra:

Anjo da Lua é um livro de poesias. 101 páginas de poesias que, pelo que soube da obra, brotam do coração, e tocam o coração. 

Lendo a sinopse no skoob, podemos ter uma ideia do que nos espera ao longo das páginas:

"Em memória do “Anjo da Lua” que há dez anos se foi para o céu, tornando nossas noites mais belas e iluminando todos que procuram no céu um sentido para a vida".

Acho que vou gostar demais! É uma das minhas próximas leituras, e a resenha estará aqui, em breve! ;)



Joana, seja muito bem vinda ao blog Escrev'Arte! Sinta-se em casa, este espaço é também seu! :)

Beijos galera, boas leituras, sempre!!!
terça-feira,
25
de

[Coluna] Pelo Avesso - Podemos mudar este quadro?

DICIONÁRIO

MERITOCRACIA: 1. Sistema (educacional ou administrativo) em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme seus progressos e consecuções; sistema onde o mérito pessoal determina a hierarquia.

DESIGUALDADE: 1. Em matemática, desigualdade é uma expressão que estabelece uma relação de ordem entre dois elementos. Nos números reais, esta relação é representada pelos símbolos  , significando, menor, menor ou igual, maior, maior ou igual, respectivamente. De forma mais geral, também podem ser incluídas nas desigualdades expressões contendo a relação de diferença.



INJUSTIÇA: 1. É a falta ou ausência de justiça, seja em referência a um evento, ato ou situação de fato. Pode estar referida a um sujeito ou grupo social.

Durante muito tempo, os textos postados nessa coluna, se referiam especialmente a conflitos do próprio eu. O ego era o centro e o principal objetivo era provocar reflexão sobre si mesmo. Como temos necessidade constante de mudança, eis que surge uma nova necessidade. A necessidade de provocar a reflexão sobre assuntos que interferem diretamente a sociedade. O que antes era individual, se torna agora coletivo. Não deixarei de relatar conflitos egocêntricos, mas nesse novo ano nosso foco será diferente.
No início desse texto, apresentei três definições que podem ser encontradas facilmente na internet, numa rápida Googleada. Não é difícil relacionar tais definições.

A meritocracia é aplicada em nossa sociedade nos mais diversos ramos, incluindo o meio de acesso a universidades federais e outros programas do governo. Ela porém é um mito.

“Ela é um mito por causa dos efeitos combinados de fatores não meritocráticos como herança, vantagens sociais e culturais, oportunidades educacionais desiguais, sorte e a estrutura flutuante das oportunidades de emprego, declínio do emprego por conta própria, discriminação em todas as suas formas.” (O Mito da Meritocracia, Stephen J. McNamee, Robert K. Miller, Jr.)

Assim, temos um quadro de desigualdade social que coloca nosso país em sétimo lugar no ranking da mesma. E aí? O que podemos fazer para mudar esse quadro? Será mesmo que podemos mudar esse quadro? O objetivo desse texto é criar o espaço de discussão. Portanto, não só leia, comente. A observação é uma experiência valiosa para o ser humano, mas a acomodação é prejudicial para a alma e para a sociedade.

                                                                                                              Redigido por


segunda-feira,
24
de

[Novidades Literárias] Lançamento Editora Belas-Letras

Livro sobre menina de 16 anos que deu a volta ao mundo sozinha em um barco será publicado pela Belas-Letras!!

Olá pessoal, tudo bem?

No dia em que anunciei nossa parceria com a Editora Belas-Letras, disse que voltaria para contar mais novidades, e cá estou! :)

A Editora Belas-Letras acaba de comprar os direitos de publicação do livro True Spirit, escrito pela jovem australiana Jessica Watson. O livro é um diário de bordo em que ela relata a aventura de navegar sozinha ao redor do mundo por 210 dias. A história também deve ganhar as telonas. A diretora Sean McNamara (de Soul Surfer) foi escalada pela produtora Paramount para dirigir o filme, previsto para estrear mundialmente no final deste ano.

Se você tiver alguma meta de vida ou algum sonho que acha impossível de se tornar real, vai se inspirar em Jessica. Com 16 anos, Jéssica navegou sozinha por 210 dias ao redor da parte sul da Terra, uma distância de cerca de 23.000 milhas náuticas, passando as pontas da América do Sul e África, antes de fazer o seu caminho ao longo da costa sul da Austrália e em todo o estado da ilha da Tasmânia.

No livro, ela conta detalhes da aventura, que incluiu ventos fortes, ondas montanhosas, icebergs perigosos, além da extrema solidão em um vasto mar, sem nenhuma terra à vista e nenhuma ajuda por perto. 

Chamada de “a mais nova heroína da Austrália” pelo primeiro-ministro Kevin Rudd, Jessica afirmou que se contentava com o título de uma “garota comum que acreditou no seu sonho". Em 2011 ela foi nomeada a Jovem Australiana do Ano. Além disso, Jessica Watson se tornou Embaixadora do Turismo nomeada Artista Jovem do Ano no Prêmio Intérprete Esportes em Sydney, também em 2011.

True Spirit, ainda sem título para o português, deve ser publicado no Brasil no segundo semestre deste ano pela Belas-Letras.
(Créditos: Texto retirado do blog da editora, neste link)

É isso pessoal!!! Novidade bacana, não acham? Espero tê-lo em mãos logo!!!! ;)

Beijos e boas leituras para todos nós!
domingo,
23
de

Falta pouco para atingir a meta!!!

Olá leitores!!!!

Tem quase um ano que me aventurei a criar o Escrev'Arte. Não sabia quanto tempo duraria, nem imaginava que ia alcançar algum sucesso. Afinal, são centenas de blogs literários na blogosfera e muitos, mas muitos mesmo são incríveis! Daí pensei durante um tempo que não teria muito espaço. Mesmo assim fiquei firme em sua manutenção porque ele sempre me deu muitas alegrias. Conheci pessoas lindas e maravilhosas através dele, e que se tornaram grandes amigos, mesmo que virtuais - alguns já conheci até pessoalmente! Além disso, encontrei a possibilidade de falar sobre livros! Coisa que nem sempre dá certo nos relacionamentos de família e amizade nossos não é? (Embora eu não possa reclamar, pois meu marido ama ler e adora livros tanto quanto eu). Mas bater papo virtual falando de livro é uma experiência que me dá muitas alegrias.


Bom, para celebrar este primeiro ano a gente vai ter uma super promoção que está sendo preparada e acho que vocês vão gostar muito. E junto com o aniversário, em dias próximos um do outro, vamos comemorar a marca de mil seguidores (pelo menos é o que tenho visto que vai acontecer, pelo andar da carruagem... dedos cruzados!! haha). E é claro que esta marca não poderia passar em branco, não é gente???

Então eu lancei há algumas semanas o Concurso Cultural Em Busca da Meta. Ele é simples... Basta responder uma pergunta... Daí eu e a assessora de imprensa da Editora Schoba, parceira nossa, vamos escolher a melhor resposta. O vencedor leva para casa o Kit Mil: Marcadores, Mimos surpresa, um exemplar de Enders e um exemplar de Costa Concórdia. Este último um livro muito bacana da Editora Schoba e que vale a pena conhecer.

Esta postagem é para extravasar a alegria que senti hoje, a ver que o Escrev'Arte já conta com 970 seguidores!!!!! Então falta pouco! A escolha da melhor frase acontece no exato dia em que alcançarmos os mil seguidores. Vai ser logo, não é?

Além de falar de minha alegria, a ideia é te convidar a visitar a postagem oficial da promoção, e participar. É muito simples, então não custa nada participar... Como meu marido sempre fala: "Vai que..." :D

Se interessou? Então clique aqui e participe. E que vença o leitor ou a leitora mais criativa daqui da família Escrev'Arte! 

Beijos galera!!! Até daqui a pouco. :)
sexta-feira,
21
de

[Novidades Literárias] O Caçador, de Victor Bulhões

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Quem acompanha o Escrev'Arte, sabe que somos parceiros do autor Victor Bulhões. Na ocasião da sua apresentação, o livro estava em processo de montagem e publicação por parte da Editora. Hoje venho com muita alegria contar que O Caçador FOI PUBLICADO!!!!! \o/

Revejam aqui a sinopse do livro. A capa é um caso à parte... Linda!!



Sinopse

Adrian é um jovem que, sem saber, possuía o sangue sagrado dos caçadores em suas veias. Nascido e criado na Romênia por seu avô Bernard, seu único companheiro e mentor, que lhe ensinou todos os valores que precisava aprender para ser um bom caçador, um homem honrado e benevolente. Foram longos anos de paz, tudo caminhava para que se tornasse apenas um homem que vivia com o que a mãe natureza tinha a oferecer... Até o momento em que um misterioso viajante traz notícias de seu pai, há muito tempo desaparecido. A verdade obscura que lhe fora escondida será finalmente revelada.
Criaturas que habitavam os seus piores pesadelos virão à tona. Está na hora de abraçar seu destino. Seus dons adormecidos serão usados novamente para combater as trevas que reinam sobre a humanidade. A guerra está apenas começando.

Ficou tão curioso quanto eu pela obra? Então veja mais sobre O Caçador nos links abaixo:


Beijos pessoal! Até a próxima! :)
quinta-feira,
20
de

Resenha | Em Chamas, de Suzanne Collins [por Louisiane]

Título: Em Chamas
Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 413
Skoob
Avaliação:


Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

Olá pessoal, antes de mais nada gostaria de avisar que esta resenha contém SPOILERS do primeiro livro. Bom vamos lá:

Após a vitória inesperada de Katniss e Peeta nos Jogos Vorazes muita coisa mudou. Agora eles são os queridinhos da Capital e tem alguns privilégios que só os vitoriosos têm. Peeta ainda é apaixonado por Katniss e ela continua o tratando com a mesma indiferença (que é uma coisa que me irrita muito). Ela se sente sufocada pois é obrigada a passar a imagem dos “Amantes desafortunados do distrito 12”, ou isso, não teriam voltado vivos para casa.

Katniss e Peeta ridicularizaram o governo quando ganharam os Jogos, e terão que prestar contas ao que fizeram. É aí que a vida de Katniss vira um inferno.Ela não sabe de quem realmente gosta. Peeta ou Gale? Não sabe o que deve fazer para acalmar os distritos que viram nas suas atitudes uma rebelião mesmo sem intenção da parte dela e quais serão as consequências dos seus atos no fim dos Jogos.

Pessoal é sério, este livro superou todas as minhas expectativas, o melhor da trilogia na minha opinião. Suzanne Collins foi desenrolando os fatos de uma maneira que, ou você lê o que acontece ou você não dorme de tanta curiosidade, simplesmente não dá pra parar. Ela te deixa sem fôlego ansiosa por cada frase, cada capítulo, e eu amo livros assim.

Não posso dar spoiler da história mas juro que dá vontade de tão boa que é, tem tanta surpresa, reviravolta, personagens que não são o que você esperava (e eu amo quando os autores fazem isso), dá aquele ar imprevisível na história. Terminei de ler o livro e pensei comigo: Nossa!!! ( e já fui correndo começar A Esperança). Quando vi o filme tive a mesma reação pois acreditem, fizeram uma excelente adaptação. Não sou muito fã de narrações na primeira pessoa pois você não vê o ponto de vista dos outros personagens mas isso não diminuiu em nada a grandiosidade da história.

Só posso dizer uma coisa: Leiam. Vocês não vão se arrepender. Eu nunca gostei tanto de distopia até agora. Vale a pena. 



quarta-feira,
19
de

[Novidades Literárias] Lançamento Editora Landmark

Título: Da Terra à Lua: De La Terre à La Lune
Autor: Jules Verne
Edição Bilíngue: Português/Inglês
Ano: 2014
Publicação: Capa Dura - 16x23cm
Páginas: 336
ISBN: 978-85-8070-039-8: Preço: R$ 35,00
e-ISBN: 978-85-8070-038-1: Preço: R$ 9,80
Literatura Francesa: Ficção
Tradução: Vera Silvia Camargo Guarnieri

A EDITORA LANDMARK APRESENTA UMA EXCLUSIVA EDIÇÃO DE LUXO EM CAPA DURA BILÍNGUE, COM LANÇAMENTO SIMULTÂNEO EM LIVRO DIGITAL EPUB, DE UM DOS MARCOS DA FICÇÃO MUNDIAL: DA TERRA À LUA: DE LA TERRE À LA LUNE: COM AS ILUSTRAÇÕES ORIGINAIS DA PRIMEIRA EDIÇÃO.



Durante a guerra civil dos Estados Unidos da América, fundou-se na cidade de Baltimore, um novo clube privado, muito influente, em que uma condição imprescindível era imposta a todos aqueles que quisessem se filiar: ter criado ou pelo menos ter aperfeiçoado uma arma de fogo. Este era o Clube do Canhão! Entretanto, o ócio resultante da paz veio mergulhar os membros do clube do canhão em uma lamentável inatividade, chegando-se a ansiar pelo reatamento das hostilidades. Impunha-se definir um novo objetivo que permitisse novamente mobilizar o engenho e a paixão dos membros do clube pelo desenvolvimento da balística.

Assim sendo, o presidente do clube do canhão, Barbicane, propõe o seguinte projeto: utilizar todo o conhecimento à disposição para se construir um canhão com poder e dimensão suficientes para disparar um projétil em direção à Lua! A proposta foi acolhida com clamores entusiastas e em completa euforia, não apenas no clube, mas por todo o mundo!

Um aventureiro francês de modos extravagantes, Michel Ardan, une-se à empreitada e propõe que o projétil seja tripulado, se apresentando como voluntário. Depois desta surpreendente proposta, dois dos membros do clube do canhão também embarcam nesta aventura: Barbicane e seu até então inimigo e concorrente, o capitão Nicholl. A partir desse momento, Jules Verne irá descrever detalhadamente os preparativos e os pormenores de engenharia do maior empreendimento de todos os tempos.

Depois de disparado, o projétil quando se aproximava da lua, em vez de alunissar, entrou em órbita do próprio satélite. Os três passageiros apenas tinham mantimentos para três meses, ficando a saga em aberto. Qual será o destino desses três aventureiros? Teriam chegado com vida à lua e como regressariam?

“DA TERRA À LUA: DE LA TERRE À LA LUNE”, publicado em 1865 e um dos marcos na reconhecida bibliografia do escritor, apresenta dados cuidadosamente preparados sobre astronomia, mecânica, geografia, química e física, produzindo uma combinação perfeita entre plausibilidade e especulação e garantindo ao leitor que esta grande aventura não seria apenas uma fantasia, mas sim uma possibilidade científica.

Jules Verne acreditava na capacidade do homem de fazer o impossível e, ao longo da narrativa, apresenta seu otimismo para com a ciência e sua crença no progresso da humanidade. Apresenta ainda essas características como sendo intrínsecas aos norte-americanos e que a predisposição dos habitantes daquela nação à liberdade, praticidade, imaginação e determinação faziam dos Estados Unidos o lugar ideal para o desenvolvimento desta incrível aventura.

JULES VERNE (1828-1905) foi o primogênito dos cinco filhos de Pierre Verne e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua. A primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862 foi o relato de viagem à África em um balão, intitulado CINCO SEMANAS EM UM BALÃO. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Jules Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa. O sucesso de CINCO SEMANAS EM UM BALÃO lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS, VIAGEM AO CENTRO DA TERRA, A VOLTA AO MUNDO EM OITENTA DIAS, "DA TERRA À LUA, ROBUR, O CONQUISTADOR. Até os dias de hoje, Jules Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, ao lado de Agatha Christie e William Shakespeare, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de setenta livros.

Créditos: Este texto foi redigido integralmente pela Editora Landmark para esta divulgação.


terça-feira,
18
de

[Novidades Literárias] Próximos Lançamentos Editora Belas-Letras

Olá leitores, como vão?

O post de hoje é cheio de felicidade! O Blog Escrev'Arte foi aceito como parceiro da Editora Belas-Letras!!!! uuuhhhuuu!!!!!!! Não há nada mais gratificante que você ter reconhecida a seriedade do seu trabalho e receber um voto de confiança como este. Obrigada equipe Belas-Letras! Esta será uma parceria de sucesso!!! \o/

Conheçam um pouco sobre a Editora

A Belas-Letras é uma editora jovem, nascida em abril de 2008, com o compromisso de promover o prazer pela leitura e fortalecer a relação afetiva das pessoas com os livros. Para a Belas-Letras, ler é se emocionar e se divertir a cada página. Trabalhamos para transformar cada leitura em uma experiência prazerosa e inesquecível para os nossos leitores. 

Somos uma das primeiras editoras brasileiras a publicar livros licenciados sobre futebol, em parceria com os grandes clubes brasileiros, estimulando a leitura e a união entre pais e filhos por meio dessa que é nossa paixão nacional. Além do esporte, a Belas-Letras investe em outros assuntos, como livros sobre música, esportes em geral, humor, desenvolvimento pessoal, bem-estar, blogs, livros infantojuvenis, livros-brinquedo e livros-presente, sempre com o objetivo de surpreender e encantar o leitor com bom conteúdo e esmero nas edições.

O maior patrimônio da Belas-Letras são seus leitores e seus escritores, ou seja, quem escreve e quem lê. De um lado, temos em nosso catálogo nomes como Humberto Gessinger, Helio de La Peña, Gabriel o Pensador, Serginho Groisman, Nando Reis, Tico Santa Cruz, Luís Augusto Fischer, Eduardo Bueno e Mauro Beting, entre outros. Do outro lado está você, o leitor, nossa razão de existir – e a dos nossos livros também.

Conheça seu catálogo clicando AQUI!!
 Visitem o blog!!
 E vejam o site. É só clicar aqui!!

 Bacana, não é pessoal??

Vejam os próximos lançamentos de Belas-Letras:

Tradução: Candice Soldatelli
ISBN: 9788581741536
Formato: 16x23cm
Páginas: 513
Preço de capa: R$ 39,90
Ghost Rider: A Estrada da Cura chega ao Brasil pela editora Belas-Letras
Best-seller escrito pelo baterista da banda Rush era aguardado há 12 anos pelo público brasileiro!

Ghost Rider: A Estrada da Cura, livro que se tornou best-seller internacional e um clássico da literatura on the road, lançado originalmente em 2002 mas ainda inédito no Brasil, vai chegar às livrarias do país no dia 7 de março pela editora Belas-Letras.

A obra se tornou referência depois de Neil Peart – considerado o melhor baterista do mundo pela revista Rolling Stone – ter sofrido uma dupla tragédia, com a morte da filha única, Selena, em um acidente de carro, e da mulher, Jackie, de câncer, menos de um ano depois.

Considerada pela crítica internacional como uma das melhores obras literárias já escritas por figuras do rock, nela o músico – apaixonado por motociclismo – descreve como decidiu pegar a estrada sem destino para rodar com sua BMW R1100GS por mais de 90 mil quilômetros, durante 14 meses, em uma jornada que o ajudou no seu processo de convivência com o luto em meio à solidão da estrada, a riqueza da paisagem e os lugares e personagens que descobriu ao longo dessa trajetória.

A história de Peart conquistou fãs no mundo inteiro, mesmo os que não eram admiradores da banda de rock. A viagem a bordo de sua moto o ajudou a lidar com a morte da mulher e da filha e a fazê-lo encontrar um novo sentido para continuar vivendo, já que a dupla tragédia também fez com que a banda parasse com as apresentações.

“O resto da bagagem que eu levaria comigo naquela manhã tinha menos volume, mas era mais pesado – eram os fardos invisíveis que me fizeram partir em uma jornada que já se assemelhava a uma espécie de exílio. (...) Eu partia com a minha motocicleta para tentar descobrir que tipo de pessoa eu me tornaria e em que tipo de mundo eu viveria”.

Antes de Ghost Rider: a Estrada da Cura, o músico já havia escrito outro livro, The Masked Rider (O ciclista mascarado), em que narra suas aventuras em duas rodas, mas desta vez de bicicleta, pedalando pela África. A Belas-Letras também já adquiriu os direitos para publicação no Brasil e a obra deve ser lançada em 2015.

Leitura essencial para admiradores de Neil Peart e da banda Rush, para motoqueiros e amantes de estrada, e para quem quer descobrir, assim como ele, mais sentidos para continuar vivendo mesmo depois de ter perdido alguém.

Trechos:

“Eu certamente não estava mais interessado em tocar bateria ou escrever letras para canções de rock. Antes daquela noite em que o mundo desabou ao meu redor, eu estava trabalhando num livro sobre as minhas aventuras sobre duas rodas com meu amigo Brutus durante a recém-encerrada turnê Test for Echo, e eu não conseguia me imaginar retomando aquele projeto”.

“Eu apenas permanecia em movimento, com medo de parar por tempo demais, com medo de me dar tempo para pensar”.

“Um pouco antes naquele verão, ao contemplar as ruínas da minha vida, eu tinha decidido que minha missão agora seria proteger certa essência que havia dentro de mim, uma força vital que brotava, um espírito frágil, como se eu envolvesse com as mãos uma vela bruxuleante. Nas cartas, passei a denominar essa chama remanescente de ‘minha alma de bebê’; decidi que, a partir daquele instante, a minha tarefa seria cuidar daquele espírito da melhor forma que eu pudesse”.

Amanhã eu volto, e apresento mais um livro, tá bem? Este você poderá conferir a resenha aqui no blog, daqui alguns dias! ;)

Beijos galera, boas leituras sempre!!


segunda-feira,
17
de

Resenha | O Túmulo sob as Colinas | Belinda Bauer

Título: O Túmulo sob as Colinas
Autora: Belinda Bauer
Editora: Record
Páginas: 320
Skoob
Avaliação:



Apesar de cavar buracos quase diariamente na charneca de Exmoor à procura de um cadáver, Steven Lamb sempre quis ser um garoto normal. Porém, decidido, ele deixa as brincadeiras de lado e segue com sua pá para tentar encontrar o corpo de seu tio Billy, assassinado há 19 anos. Embora nunca o tenha conhecido, Steven sabe que sua família só poderá ser feliz quando encontrar o corpo desaparecido. Para descobrir o paradeiro dele, Steven decide escrever ao prisioneiro Arnold Avery, principal suspeito do crime. É o ponto de partida de um arriscado jogo de gato e rato entre uma criança desesperada e um perigoso serial killer.
Palpitante. Se fosse descrever este livro em uma só palavra seria esta que usaria.

É um livro cheio de suspense – não sobrenatural – que impele o leitor a ler a próxima página de forma urgente antes que o coração resolva saltar pela boca. Belinda escreve como se este não fosse sua primeira publicação.

Steven é um típico garoto de 12 anos, destes que à despeito de sua pouca idade já sofreu todas as dores de sua família como se em sua própria pele houvesse acontecido. É o neto de uma mãe que perdeu seu filho de mesma idade, assassinado por um serial killer, pedófilo e estuprador. Steven não o conheceu. O assassinato aconteceu há quase vinte anos. Mas o sofrimento desta morte prematura dói em sua própria vida e ele acredita verdadeiramente que pode sanar este mal, encontrando o corpo do tio assassinado.

Belinda mostra os pensamentos, as crenças e descrenças de uma família desequilibrada por uma tragédia. Fiquei com os olhos marejados em diversas páginas do livro, quando Steven se demonstrava carente a ponto de não levar em conta a rigidez do coração da avó, e entendia seu jeito bruto, e desejava ele mesmo curar e restaurar a doçura dos corações. Queria o abraço, o afago, o sorriso sincero e os dias simples, normais de uma pequena família. Enxerguei nas linhas da estória as quebras que muitos trazem em si após a tragédia e a dificuldade de ver cor e alegria nas coisas.

É uma estória dura que causa sensação de nojo avassalador nos tomando em muitas partes, quando lemos sobre Avery – o assassino sórdido. Porém Belinda escreve com sutileza, que faz com que o leitor imagine a cena. Deixa nas entrelinhas os detalhes mais sombrios e nauseantes. Perfeito. Assim não somos obrigados a ler coisas duras demais, e ao mesmo tempo torna a estória ainda mais forte, porque palavra alguma consegue superar nossa imaginação. Senti tanto ódio por Avery que me peguei algumas vezes lendo com a mão livre apertada a ponto de as unhas doerem na pele. Entendo o quanto é difícil ser ‘santo’… Não dá para ter misericórdia com pessoas que agem como este personagem. Triste é saber que existem seres assim, vivos, de carne e osso, andando por aí. Arrepia.

Todos os personagens são muito bem construídos e não somente o perfil do assassino. Belinda não apresenta nenhum com detalhes aprofundados, mas vamos conhecendo um a um durante a leitura. Nos encantamos por eles, ainda que embrutecidos pela vida. Até mesmo o soldado Gary, que aparece somente em uma dezena de páginas, nós podemos conhecer a vida, os impulsos e os motivos. Queria muito, muito mesmo poder passar a mão pelos cabelos de Steven e dizer que ele é especial, por conta das sensações que seu personagem causam no leitor. Fascinante construção de perfis.

A descrição geográfica é boa. Ela é muito importante para o contexto da estória e eu não conseguia distinguir com clareza os locais rapidamente, mas a sequência de acontecimentos me ajudava a me situar e a enxergar o lugar, sentir a temperatura. Fala-se sobre as urzes e os tojos da charneca. Daí pesquisei os termos e encontrei várias imagens, e esta foi a que escolhi para a visualização do lugar enquanto lia…

Não encontrei erros e a tradução foi muto bem feita. A capa é bem condizente com a estória e faço minhas as palavras de The Guardian, que colorem a capa: “Este surpreendente livro de estreia faz jus à sua aclamação… Uma façanha psicológica sobre a crueldade e sobre o triunfo da inocência.”

É isso. Um livro surpreendente. Recomendo a leitura.
 
"Esta resenha foi originalmente redigida por mim para o site Entrando Numa Fria da qual sou colaboradora. Veja o post original clicando aqui."

domingo,
16
de

Nova resenhista - Resenha | Jogos Vorazes

Olá leitores, tudo bem?

Hoje venho apresentar a vocês mais um integrante da Família Escrev'Arte!!!

Louisiane Carolina! \o/

Louisiane é a mais nova resenhista daqui do blog! Conheci Louisiane em um grupo no Facebook de troca e venda de livros daqui da minha cidade. Acabamos gerando uma amizade pautada na mesma paixão: Livros!!! E daí nasceu a ideia de Louisiane colaborar aqui no blog. Ela está entrando este ano na faculdade - Química!!! - portanto pode ser que o tempo corrido não colabore para que ela coloque resenhas com muita frequência, mas lendo o que ela escreveu em sua primeira resenha, posso garantir que vai valer a pena esperar! Aposto que vocês, meus queridos e amados leitores, se encantarão também por ela. Tudo bem, sou ciumenta, mas abro esta exceção... Podem gostar dela também, tá??? hahaha

Sobre ela:




E agora, sua primeira resenha


Título: Jogos Vorazes
Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco - Jovens Leitores
Páginas: 397
Skoob
Avaliação:
Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Jogos Vorazes (título original The Hunger Games) é o primeiro livro de uma trilogia escrito por Suzanne Collins e segue o gênero distopia.

Os Jogos Vorazes é o reality show mais sanguinário e horrendo que já se viu, onde obrigam os distritos de Panem, um país da América, a ceder um garoto e uma garota de 12 à 18 anos para uma competição em que os faz lutar até a morte e onde sai apenas um vencedor. Os Jogos surgiram depois que os distritos se rebelaram contra a Capital. Como a Capital saiu vitoriosa, quis encontrar uma maneira de punir os distritos e de mostrar que jamais teriam poder para vencê-la.

O livro é narrado em primeira pessoa por Katniss Everdeen, uma garota de 16 anos que mora no distrito 12. Ela é responsável pelo sutento da família desde que o pai morreu. Ela e seu melhor amigo Gale, saem pra caçar todos os dias, o que é uma atividade ilegal no distrito, mas é a única forma de sustento que eles têm. Como a todo ano tem a colheita para os Jogos, onde usam o bordão “Que a sorte esteja a seu favor”(acho que nunca ouvi uma ironia tão grande), Katniss vai para a colheita, e neste ano será a primeira vez de sua irmã Prim. Quando Effie Tinket pronuncia o nome do tributo feminino Katniss entra em despero, pois Prim é justamente a escolhida. Para evitar que a irmã vá para os Jogos, Katniss se apresenta como voluntária. O tributo masculino é Peeta Mellark e acompanhará Katniss nesses jogos sangrentos.

Na narração veremos como Katniss se sente em relação aos Jogos, como o medo a corroe por dentro ao pensar em matar em alguém. Mas de que outra maneira ela sairia viva da arena? Katniss tem pensamentos conflitantes se deve confiar em Peeta ou não, e o que deve fazer para se livrar dos outros tributos.

No meio da trama conhecemos o presidente Snow, o homem por trás dos Jogos, um velho arrogante que adora se divertir às custas dos distritos. Também tem Haymitch, o mentor de Katniss e Peeta, um homem bêbado e sem muitas perspectivas, o que faz aumentar ainda mais o desespero de Katniss.

Suzanne Collins me surpreendeu muito, eu estava com medo de ler distopias e achá-las muito tristes mas Jogos Vorazes é fantástico. Apesar de amar fantasias, adorei o livro pois ele retrata o real. Katniss não tem super poderes para mantê-la viva. Só pode contar com sua esperteza e suas flechas. Em um lugar onde não existe esperança e a carnificina entre os tributos é motivo de diversão para os moradores da Capital, a única saída é vencer os Jogos. Katniss é obrigada a vencer seus medos e mostrar suas habilidades para cumprir a promessa que fez a sua irmã: Tentar voltar viva para casa.

Os outros dois livros da trilogia são Em Chamas (Catching Fire) e A Esperança (Mockingjay). Nos cinemas já saíram as adaptações de Jogos Vorazes e Em Chamas, a adaptação de A Esperança está prevista para este ano e o filme será dividido em duas partes. Provavelmente a parte 2 sairá no ano que vem.


sábado,
15
de

Promoção #15 - Folia de Livros


Olá pessoal!!
O Escrev'Arte se juntou com mais 19 blogs para brincar nesse carnaval e presentear os seus leitores.

Blogs Participantes:



Regras:
* Ter endereço de entrega no Brasil;
* Nada de participar com perfis fake pessoal;
* Cada kit terá apenas um vencedor;
* Após preencher as regras obrigatórias vai ser liberado as chances extras;

Atenção:
* Os livros serão enviados pelos blogs e não nos responsabilizamos por extravios e danos ocorridos;
 * Um e-mail será enviado para os ganhadores que terão três dias para responder;
* A promoção inicia 15/02 e vai até 15/03.

Kit 1

a Rafflecopter giveaway

Kit 2

a Rafflecopter giveaway

Kit 3

a Rafflecopter giveaway

Kit 4

a Rafflecopter giveaway

Kit 5

a Rafflecopter giveaway

Kit 6

a Rafflecopter giveaway

Kit 7

a Rafflecopter giveaway

Boa Sorte!!
sexta-feira,
14
de

Resenha | Fios de Prata | Raphael Draccon

Título: Fios de Prata - Reconstruindo Sandman
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Páginas: 352
Skoob
Avaliação:

Mikael Santiago realizou o sonho de milhares de garotos. Aos 22 anos era o jogador brasileiro com o passe mais caro da história do futebol. Mas à noite os sonhos o amedrontavam. Às vezes, o que está por trás de um simples sonho – ou pesadelo – é muito maior que um desejo inconsciente. Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa que acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, traz desordem a todo o planeta Terra e ameaça os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Envolvido em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de Mikael pelo espírito da mulher amada, entretanto, torna-se peça fundamental em meio a uma guerra onírica. E coloca a prova sua promessa de ir até o inferno por sua amada.

Este livro me causou um turbilhão de sensações. Certamente porque este substantivo o retrate muito bem. A princípio isso me incomodou bastante, mas a sequencia dele foi tão bem elaborada, inteligente e diferente que decidi que ele é sim um livro excelente e que merecia suas cinco estrelas, mesmo com algumas coisas que eu gostaria que tivessem sido escritas de outra forma.

A primeira coisa que me chamou atenção no livro, inicialmente de forma negativa, foi a miscelânea de linguagens. É redigido em terceira pessoa com um capítulo em primeira. Usa linguagem fluída e simples quando retrata o dia a dia dos jovens protagonistas, e uma rebuscada e mais complexa quando retrata o Sonhar, um outro plano onde nos encontramos quando dormimos. Eu já li livros assim e gostei muito. Neste me soou misturado demais, informação demais e não gostei. Não pareceu natural ou bem encaixado. Podia ter menos altos e baixos na linguagem. Do meio do livro para frente este mal estar se desfez e passou a ter mais coerência para mim estas mudanças.

A segunda coisa que me deu a sensação de turbilhão, de 'demais' foi a inserção de uma mistura de crenças, religiões, seitas, grupos, mitologia. Muita, muita informação. Alguns podem achar confuso. A ideia era juntar tudo numa coisa só, em uma centralidade onde tudo converge. Pensamento legal, mas que também só ficou mais harmonioso ao longo das páginas do meio para frente.

Os protagonistas - Mikael e Ariana são jovens atletas talentosos e famosos. Eu sinceramente não gostei muito de eles serem esportistas, não vi muita harmonia com o todo da estória que se desenrola ao longo de muitas páginas. Sei que vai ter quem vá me criticar, mas sinto como se fosse um nacionalismo forçado inserir os grandes personagens da estória como esportistas - jogador de futebol e ginasta. Não sei, sempre achei que o Brasil se destaca demais em uma infinidade de coisas muito bacanas para sempre centralizarmos nossos heróis nos esportes - pesquisa científica é uma delas (tá, parei, não falo mais disso, não é o objetivo da resenha). Pude ver de forma mais tranquila este aspecto e tirar meu mal jeito, quando o autor inseriu aspectos no final que, de certa forma, justificaram o porquê de Mikael ser atleta. Tá bom, ficou menos mal... Além disso o crescimento de Mikael no plano no Sonhar é tão forte e bem feito que eu o via como um moleque inconsequente, chato e sem conteúdo no começo, e terminei o livro vendo-o como um adulto responsável, forte, decidido e bom. Se fosse um filme, acho que seria difícil para o ator representar facetas tão diferentes de um personagem.

Tem outro aspecto que me chamou atenção. Fatos citados como consequências de situações acontecidas no plano do Sonhar. Algo lá refletia no plano físico e estes reflexos muitas vezes me soaram familiares, coisas que realmente vi acontecer. Achei uma jogada genial do autor. Já vimos autores que se destacaram no universo literário pela facilidade de misturar realidade e ficção de forma factível não é? Mas eu estranhei um detalhe. O espaço-tempo me pareceu destoado. Em vários pontos parecia que tudo que estava acontecendo no Sonhar era algo atual, dentro da mesma contagem de tempo do plano físico. Mas o autor cita fatos de muito tempo atrás, junto com fatos atuais - inclusive citando obras e autores 'da moda', como consequência das guerras no Sonhar. Eu me perdi sinceramente... Além disso nas passagens que citava as consequências no plano físico, a passagem terminava com uma frase do tipo: "E os assassinos, até hoje, caminham impunemente". Mas não estava acontecendo naquele momento? Então a frase fica sem sentido. Bom, isso me deu um nó no cérebro. Gostei e não gostei ao mesmo tempo. Na mesma intensidade.

Outros pequenos pontos que me martelavam a mente enquanto lia: Os deuses se apelidavam constantemente em seus diálogos. Achei desnecessário, diante de um livro com tanta informação. Tinha hora que me perdia de quem falava com quem. E termos em caixa alta. Vários, o tempo todo. Não gostei. E os longos discursos ou diálogos sobre 'o homem de hoje'. Não gosto destes rompantes de livro de autoajuda no meio da ficção e fantasia.

Aí você deve estar se perguntando: Nadja, então porque deu cinco para o livro, se tem tanta coisa que desgostou? Explico.

Draccon faz uma junção de fatos e acontecimentos não muito bem explicados ou entendidos, posturas que as pessoas assumem e que ninguém entende, e dá um significado. Junta vários planos além do físico e traça um caminho de ação e reação, de escolha e consequência que clareia os porquês. O autor insere na fantasia a justificativa para os sonhos, para a esperança, para o bem. E esta parte não soou apelativa ou forçada. Pareceu-me claro, verdadeiro, realmente plausível e justificável. Tudo é consequência. Simples assim. O que fazemos - ou deixamos de fazer - aqui, reflete nos outros planos e vice-versa.
"Capitão... - ele disse, focando no súdito - acaso sabes como calar a voz de um demônio em batalha?" O capitão talvez tenha sabido um dia. Mas não naquele. "Hoje não sei, majestade..." "Diga a ele: Eu sou a Esperança."

Além disso tenho de tirar o chapéu para Draccon em passagens graciosas, como o fato de o fio de prata que nos mantém ligados quando estamos, sob uma perspectiva, em dois planos ao mesmo tempo, ser um frio traçado de trilhões de cordas... Ficou lindo de se imaginar.

Lindo também a ligação com Dimas. Se você não sabe de que Dimas estou falando, leia o livro... Vai concordar comigo que é uma referência bem bacana!

O autor cita várias vezes obras atuais, grandes autores e os insere muito bem na trama. Não parece um parágrafo à parte... É quase como que se eles fossem também de certa forma personagens da trama. Magnífica a cena da árvore dos escritores... Nem que seja para visualizá-las e nada mais, já vale a pena ler todas as suas 352 páginas.

Os diálogos são rápidos. Para mim, um dos pontos mais importantes. Odeio, odeio mesmo quando o autor insiste em explicar quem fala o que, sem deixar que o leitor entenda por si só. "Fulano disse:; Beltrano respondeu:; Aí virando-se Ciclano comenta:" Ahhh, cansa, irrita. Odeio diálogos engessados e os de Draccon, sem dúvida não o são. Altamente fluídos.

Fluído também fica o livro depois de um certo ponto, e, apesar de ter sequências longas de diálogos e cenas de guerra com riqueza de detalhes que pareciam excessivas, não dá para não ler. Queremos saber o que vem depois e depois e depois. Os cortes de cena entre os dois planos vão sendo feitos cada vez mais rápidos e cadenciados que a gente se sente viajando para lá e para cá com nossos fios. Havia tempo que não me sentia literalmente viajando nas páginas de um livro desta forma. Sentia na pele a transição de um lugar para o outro.

Existe romance? Sim. Ele está lá permeando tudo, mas sem ser, nem de longe, o mais importante. Mas ao mesmo tempo, o amor entre os dois é o que dá sentido a tudo. Tudo é por eles. Tudo acontece por eles... Ou por... Ah, bom... Melhor você ler para entender. Tem um lance do avatar lá no plano do Sonhar que foi a sacada bacana, genial e fofa no finalzinho do livro. (E nem adianta ir lá no final e ler, porque você não vai entender o contexto. Tem de ler o livro todo, ok?).

E existe guerra. Claro. Muita guerra, muitos seres fantasiosos medonhos! Muito bem explicados e apresentados pelo autor. Me lembrei de quando assistia os filmes de Freddy Krueger e tinha um certo receio em dormir. Draccon me causou, ao mesmo tempo, medo dos sonhos, e esperança que só se configura neles.

Recomendo a leitura. Calma, despretensiosa e apaixonada leitura.

"Esta resenha foi originalmente redigida por mim para o Site Papiro Digital, da qual sou colaboradora. Veja o post original clicando aqui."