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domingo,
1
de

Promoção TOP Comentarista de Junho!

Olá leitores!!!! Dia primeiro, começo de mês... Bora lá começar mais um TOP comentarista??? ;)

Eu li recentemente o livro O Peão, da Cia. Editora Nacional e adorei! É um livro fantástico. Portanto, vou premiar o TOP comentarista com um volume deste livro. :) Veja aqui a resenha.

As regras são básicas:

- Seguir o blog de forma pública.

- Comentar nesta postagem sobre a sua intenção de participar do TOP Comentarista, com nome de seguidor e e-mail de contato.

- Morar em território nacional.

- Comentar no maior número de postagens possível, lembrando que vou contar somente um comentário por postagem, e os de promoção não valerão. (Mas mesmo assim participe das promoções, tá bom? hehe)

- Comentários consistentes, por favor!! ;)

- Contarei os comentários feitos de hoje até às 23h59 do dia 30 de junho, nas postagens deste mês. O resultado sai até o dia 05 de julho, aqui e nas redes sociais do blog.

- Caso haja empate, farei sorteio pelo random para escolha do ganhador. Você terá até 72 horas para me responder ao e-mail com seus dados para envio. Caso não me retorne a tempo, farei outro sorteio. E eu te enviarei o exemplar em até 30 dias.

Acho que é isso, caso tenha esquecido de alguma coisa, pode me perguntar aqui nos comentários que eu respondo rapidinho!

Obrigada a todos os participantes, e bom mês de Junho para todos nós!!!! ;)

Beijos e boas leituras!
sábado,
31
de

Resenha | Amante Revelado, de J. R. Ward [por Louisiane]

Título: Amante Revelado
Série: Irmandade de Adaga Negra - Livro 4
Autora: J. R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 495
Skoob
Avaliação: 

Butch O'Neal é um lutador por natureza. Ex-policial da divisão de homicídios, durão, ele é o único humano que já foi admitido no círculo da Irmandade da Adaga Negra. E deseja mergulhar ainda mais fundo no mundo dos vampiros, na guerra contra os redutores. Não tem nada a perder. Seu coração pertence a uma vampira, uma beldade aristocrática inatingível para ele. Se não pode ter Marissa, então, pelo menos, quer lutar lado a lado com os Irmãos. O destino o amaldiçoa realizando precisamente o seu desejo. Quando Butch se sacrifica para salvar um vampiro dos assassinos, cai vítima da força mais sinistra dessa guerra. Deixado para morrer, é encontrado por um milagre, e a Irmandade recorre a Marissa para trazê-lo de volta. Mas, mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvá-lo...
Olá pessoal, como estão?

Bom, dando sequência hoje será a vez do  nosso lindo humano detetive Butch O’Neal. Amante Revelado é um pouco diferente pois até agora o que temos visto é um vampiro macho se apaixonando ou por uma vampira ou por uma humana, digo isso em termos de proteção pois machos foram feitos para proteger as fêmeas (não achem estranho eu falar em machos e fêmeas em vez de dizer homens e mulheres porque é assim que eles se chamam quando precisam se comunicar, algo do tipo : “Olá fêmea” em vez de “Olá moça”).

Butch é o detetive amigo de Beth que detestava Wrath se lembram? Pois é, depois de muita discussão ele foi aceito na mansão da Irmandade e entre os Irmãos, eles o apelidaram de tira. No finalzinho do terceiro livro ele têm um encontro com Marissa ( a ex prometida de Wrath). Marissa é uma das vampiras mais lindas e desejadas da aristocracia, com seus cabelos loiros, olhos claros e um perfume que lembra oceano ela arrebata o coração de qualquer um. Acontece que Butch é um cara muito desiludido da vida e quando vê Marissa diz algo que nunca mas nunca se deve dizer a uma mulher. Resultado: ela fica extremamente decepcionada.

Vishous (outro Irmão) e Butch se tornaram muito amigos principalmente porque os dois torcem para o famoso time de baseball Red Sox. Falem mal do time pra ver o que acontece! Ele entra para o mundo dos vampiros depois de ajudar Wrath no resgate de Beth. Apesar de ser humano, lá pelos seus 40 anos, Butch é considerado um homem muito sexy e atraente. 

Na trama por conta da tragédia que houve no terceiro livro, a glymera (os aristocratas) decidem criar uma lei de enclausuramento para as fêmeas que não fossem Shellan, ou seja, não tivessem maridos e como Marissa já não era mais prometida a Wrath ela se encaixa perfeitamente nos padrões. Esta lei obrigaria essas fêmeas a não saírem de casa em hipótese alguma.

Em meio a isto Butch sofre um grave acidente com Ômega, o pai dos Redutores e é imediamente internado. Marissa é a única que pode salvá-lo mas como é uma vampira da aristocracia o reencontro e mesmo a união dos dois está longe de acontecer.

Bom, no começo você tem a nítida impressão que Butch nada mais é do que um mero coadjuvante mas depois ele só mostra essencial na história. Depois de conhecer o mundo dos vampiros e redutores, ele se compromete a ajudar os Irmãos e fica irado ao saber do que a aristocracia fez com Marissa. É claro que vai haver muitas cenas de sexo entre os dois e tals. Todos os livros têm mas deixe-me dizer o que mais me impressionou neste.

Butch por ser um humano é claramente mais fraco do que Marissa, há uma reviravolta na história quanto a isto mas enfim. Naturalmente ele se sentindo mais fraco e mais vulnerável sente ódio de si mesmo por não conseguir protegê-la e ela com toda a maestria do mundo o faz se sentir extamente o oposto disto. No começo pensei em Marissa como uma fêmea muito fraca e indefesa mas ela sabe exatamente como mostrar seu ponto de vista e ser forte, muito forte. Seu irmão, o médico vampiro Havers tenta a todo custo enclausurá-la mas com muita força e coragem ela luta contra isso.

Amante Revelado vai nos revelando mais alguns personagens como Vishous e Phury. Em cada livro, J.R. Ward destrincha mais alguém e sem perder a pose, com as mesmas falas bem construídas e diálogios super interessantes, cenas quentes e finais arrebatadores. O que podemos notar nos livros algumas vezes são erros gramaticais mas isso é da própria editora. 

Uma coisa que eu gostaria que vocês prestassem atenção se forem ler os livros é nas dedicatórias. J.R. Ward escreve uma dedicatória para cada Irmão em cada livro, acho todas elas lindas e perfeitas. E aí fica a pergunta: será que Butch e Marissa ficarão juntos? Será que ela será enclausurada?

Mas como todo final dos livros dela, este não deixa a desejar.

Espero que tenham gostado. Um beijo.


sexta-feira,
30
de

Resenha | Destino Mortal, de Suzanne Brockmann [por Nadja Moreno]

Título: Destino Mortal
Trilogia: Destiny - Livro 1
Autora: Suzanne Brockmann
Editora: Valentina
Páginas: 536
Skoob
Avaliação: 


Expulso de um grupo de elite de forma desonrosa, o ex-Navy SEAL Shane Laughlin está com seus últimos 10 dólares no bolso quando, finalmente, consegue um emprego para participar de um programa de testes no Instituto Obermeyer (IO), uma fundação de pesquisas e desenvolvimento desconhecida do grande público e que trabalha com atividades secretas.Logo, Shane descobre que existem certos indivíduos que têm a habilidade única de conseguir acesso a regiões inexploradas do cérebro, com resultados extraordinários, incluindo telecinesia, força sobre-humana e reversão do processo de envelhecimento. Conhecidos como Maiorais, essas raras figuras são criadas ou recrutadas pelo IO, onde, rigorosamente treinadas com o auxílio de técnicas ancestrais, conseguem cultivar seus poderes e usá-los de forma responsável.No entanto, nas profundezas da segunda Grande Depressão dos Estados Unidos, onde o abismo social entre os que têm muito e os que não têm nada ameaça a ordem de forma definitiva, ricaços imprudentes descobriram uma alternativa sedutora na forma de um novo produto: Destiny. Trata-se de uma droga de fabricação quase artesanal, capaz de transformar qualquer pessoa num Maioral, além de oferecer a atração especial de garantir a juventude eterna para o usuário.O cartel sinistro conhecido como a Organização começou a produzir Destiny em larga escala, e a demanda pela droga se tornou epidêmica. Poucos, porém, sabem do verdadeiro perigo da nova droga, e são ainda em menor número os que detêm o segredo sujo do ingrediente crucial para a fabricação da substância. Michelle “Mac” Mackenzie é uma das poucas que conhecem toda a verdade.

Destino Mortal é o livro mais eletrizante que li nos últimos tempos. É tão rápido e a necessidade de saber o que vem em seguida é tão intensa que faz o leitor ficar vidrado em suas páginas, e lê-las de forma voraz.

Aposto que você já se pegou pensando, alguma ou algumas vezes, sobre como seria se os seres humanos usassem mais do que os aclamados e famosos dez por cento da capacidade mental. Pois bem, este livro traz umas nuances de como seria o mundo, caso tivéssemos a capacidade de maior uso do cérebro, ou melhor, maior capacidade de ‘integração neural’. As capacidades apresentadas são inúmeras, extraordinárias e fantásticas.

Porém Suzanne, a autora, traz uma trama que torna tudo absurdamente real! Os poderes gerados por esta capacidade aumentada de integração neural, suas consequências, as óbvias tentativas de alguns grupos de manipular e controlar tal poder, e até mesmo os problemas sociais de um mundo futurista, absolutamente tudo é tão bem montado e interligado que me fez pensar que, de fato, as coisas poderiam mesmo ser como o que está ali descrito.


Os personagens são bem criados e estruturados, personalidades bem demarcadas e senti asco ao imaginar o que se passava na mente de alguns vilões. Mac e Shane são um caso à parte, adorei os dois e o jeito de lidar com os problemas totalmente controverso de ambos. Só me irritei em várias páginas com Mac, mas penso que sua descrença contínua deve ser mais bem embasada nos próximos volumes. A autora deixou vários fios soltos, na medida certa para a curiosidade de ler logo a sequência, sem deixar este volume sem fechamento.

Um outro ponto forte da trama é a sensualidade. A princípio, mas primeiras cenas mais picantes que me deparei, achei que este elemento iria ‘sobrar’ no meio do enredo. É tudo muito futurista e tecnológico, muita ação e adrenalina. Aí pensei que a sexualidade não iria casar bem. Entretanto foi um engano. Como se trata de evolução extraordinária dos poderes e capacidades humanas, é muito fato que a sexualidade estaria ligado a esta evolução toda. A autora consegue apresentar cenas fortes e bem detalhadas sem ficar vulgar nem fugir do contexto. Mesmo a cena que, para mim foi a mais forte de todas, quando apresenta uma relação homossexual.

Em alguns pontos os poderes destes humanos, chamados de Maiorais, se misturam, se intensificam e fiquei aturdida com a criatividade da autora. Às vezes poderia parecer confuso à primeira vista, mas tudo é contado com agilidade e fluidez fazendo que o entendimento do leitor não sofra dificuldades. A história simplesmente entra em nossa mente, quase que em alusão à capacidade de telepatia dos Maiorais das páginas. Magnífico.

O final é empolgante e em algumas vezes era preciso ‘lembrar de respirar’. Me vi tensionando os músculos e pressionando as páginas do livro mais do que gostaria, envolvida pela adrenalina dos fatos. No final tem um brinde genial da editora. Gostei bastante.

Enfim, é um livro excepcional, indicado para os corações fortes e leitores preparados para viver emoções diversas, mas todas elas intensas.

Em se tratando de diagramação, as folhas brancas e a fonte pequena poderiam ter sido um problema em uma história que não prendesse tanto a atenção, felizmente a qualidade da trama minimizou. Não encontrei erros e a capa é bacana, com textura com sensação de emborrachada. Recomendo cuidado ao manusear, para que não fique marcada por alguma umidade das mãos.

Esta resenha foi redigida por mim para o site Papiro Digital, do qual sou colaboradora. O livro foi cedido pela editora Valentina.


quinta-feira,
29
de

[Arte e Cultura] Entrevista com autor Eduardo Alves Costa [por Rê Souza]

Olá leitores, como vão??

Vocês sabem o quanto o Escrev'Arte preza e valoriza a literatura nacional. Entendemos que vale a pena conhecer e investir nos nossos autores e autoras. Eles, tanto quanto os grandes mestres literários internacionais, possuem uma riqueza incalculável e podem nos levar a viagens inesquecíveis através das páginas de suas obras! Eu posso garantir que isso é fato. Quem acompanha o Escrev'Arte já teve a oportunidade de conhecer muita coisa de extrema qualidade, criados aqui mesmo, debaixo deste mesmo céu. :D

Pensando nesta característica de nosso blog, vamos publicar periodicamente uma entrevista, nesta coluna intitulada Arte e Cultura. Através das entrevistas, queremos levar até você, leitor, um pouco mais sobre um dos artistas das palavras! 

Para começar em grande estilo, entrevistamos Eduardo Alves Costa, autor de Tango, com Violino, lançado no último dia 20, em São Paulo.


A entrevista foi realizada pela nossa resenhista Rê Souza, e o nosso contato com o autor foi através do Parceria6 - Assessoria de Comunicação. Vejam só:

Rê: Como surgiu essa nova ideia, Tango com Violino? A partir de que ponto você decidiu pela obra?
Eduardo: A ideia de escrever o romance " Tango, com Violino" surgiu da circunstância de eu ter completado setenta anos (hoje tenho setenta e oito). Embora não esteja aposentado, pois continuo a escrever e a pintar, imaginei como seria a vida de alguns idosos que, de alguma maneira, estivessem unidos por algum tipo de relação. Embora não se trate de uma obra autobiográfica, há muito nela de vivência pessoal e de observação do cotidiano de São Paulo.

A maioria dos romances sobre a terceira idade aborda a velhice como um drama que envolve sofrimento, decadência, doença, depressão, derrota e morte. Procurei evitar esse lugar comum, embora verdadeiro na maioria dos casos. Meus personagens são saudáveis, vivos, atentos e irônicos, embora saibam que se tornaram "invisíveis" para a sociedade, continuam a viver sua vidinha com muita disposição e bom humor. 
Este, a meu ver, é o segredo da longevidade e da manutenção da saúde, como, aliás, já ensinavam os taoistas há milhares de anos.

Rê: Vimos que além de contista, dramaturgo e artista plástico, você é poeta. Em Tango com Violino, vamos poder apreciar alguma poesia sua?
Eduardo: Embora o título do romance tenha tomado por empréstimo o título de um poema escrito por mim, o poema é apenas mencionado, pois reproduzi-lo enfraqueceria o desfecho da obra. Os leitores mais atentos se darão conta de que o romance foi escrito por um poeta.

Rê: Como foi o processo do livro desde a premissa até a finalização?
Eduardo: As ideias fluíram sem dificuldade. Há escritores que sofrem ao criar. Eu me diverti muito, pois os personagens adquiriram vida própria e eu me surpreendo com situações inesperadas. Há uma certa magia em ser o criador e o espectador da própria obra. 

Rê: Como se sente, vendo sua obra lançada mesmo não sendo a primeira?
Eduardo: É sempre uma nova aventura, emocionante, a expectativa de que o livro siga seu caminho, pois a obra só adquire sentido quando lida.

Rê: Deixe uma mensagem (pode ser poética??) para o Escrev'Arte e seus leitores.
Eduardo: Para os que ficaram curiosos quanto ao poema, de minha autoria, que emprestou seu título ao romance, vou transcrevê-lo aqui:

Solo y triste nesta noite, olho a esmo.
Ergo a alma entre os dedos, 
acendo-a e fumo a mim mesmo.

Se eu tivesse uma agenda de endereços
com loiras, mulatas, morenas, podia
deitá-la fora e curtir
em solidão minhas penas.

Felizmente estou só. Meu último amigo
fundiu-se tanto comigo
que se tornou meu umbigo.
A mulher que eu amava
foi muitas vezes à fonte 
e retornou inteira
quebre-me eu, num salto sem rede
e, à beira do amor, morro de sede.

Pai e mãe já não tenho
apenas filhos.
E esse apenas é tudo
que me faz correr nos trilhos.
Para onde vou não sei. Só sei..
Levam-me o impulso, a inércia,
e já é túnel meu destino.

Para arremate só falta
beber este suco de tomate
e ouvir o que diz o violino.

Rê: Eduardo! Muito obrigada por sua gentileza em nos responder a esta entrevista, o Escrev'Arte estará sempre à sua disposição!

E, para finalizar, conheçam um pouco mais sobre a obra, e a biografia de Eduardo Alves Costa:

Quatro décadas após lançar o elogiado romance Chongas, Eduardo Alves da Costa retorna ao gênero em Tango, com violino

Conhecido por seus contos e poemas, o escritor trata em seu novo livro sobre um tema que o acompanha: a velhice.  Na obra, o estoicismo e a lucidez são o caminho escolhido contra a depressão do envelhecimento

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.




Esses são os versos mais famosos do poema “No caminho, com Maiakóvski”, do brasileiro Eduardo Alves da Costa, cuja autoria costuma ser erroneamente atribuída ao poeta russo.  Recentemente, um post no Facebook da Revista Bula tratava de desfazer o equívoco de sua autoria para os jovens leitores do século XXI.

Poeta (figura na antologia Os cem melhores poetas brasileiros do século), dramaturgo, contista e artista plástico com obras expostas na França e na Alemanha, Eduardo Alves da Costa volta à cena literária com a publicação de seu novo romance. Com o título emprestado de outro de seus poemas (publicado na antologia Salamargo), Tango, com violino descreve o dia a dia de Abeliano, um professor de história da arte aposentado que vive em um pequeno hotel localizado em um bairro decadente da cidade de São Paulo e envelheceu “ex abrupto, no momento em que se deu conta de que poderia viajar gratuitamente nos ônibus municipais”.

Abeliano desenvolve então o hábito de pegar ônibus ao acaso, sem saber para onde eles vão, e, ao fazê-lo, vai transformando a banalidade cotidiana em uma aventura que atribui importância a cada contato humano, a cada paisagem urbana –todos de passagem, inconsequentes, ligeiros. Alimentando-se do ver, do ouvir e das próprias elucubrações sobre o passado e o que ocorre ao redor, em todo ônibus que entra Abeliano vive um universo possível, um universo fugaz, que se desfaz a cada fim de viagem para ressurgir na próxima.

A maioria das obras que abordam a velhice enfatiza a doença, a depressão, a decadência, a derrota, mas Eduardo Alves da Costa preferiu o caminho do estoicismo, daqueles que não se entregam, que procuram manter a lucidez, substituindo a depressão pelo distanciamento irônico em relação ao mundo, à sociedade – e sobretudo a si mesmos. O romance não é uma narrativa orgânica, definida, clara, consequente, acabada. É antes um moto-perpétuo, um Bolero de Ravel cujo tema recorrente se acresce aos poucos de novos significados aparentemente insignificantes, de reiterações cujo resultado será, em última instância, a velhice irremediável, a morte, o esquecimento, ou, se assim preferir o leitor, o salto para a transcendência, para a manifestação do ser.

Os fatos se sucedem numa repetição que, aparentemente, não leva a parte alguma, o que reforça a situação dos personagens, suspensos numa outra realidade, na qual se tornam invisíveis, inexistentes, excluídos, uma espécie de limbo, pequeno universo mantido pela inteligência, pelo humor, pelo atrevimento de não só permanecerem vivos, mas agudamente lúcidos.

Dados técnicos:
ISBN: 978-85-64406-92-6
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 352
Preço: R$ 42,00
Acabamento: brochura P&B
Edição: 1ª, 2014


Sobre o autor
Eduardo Alves da Costa nasceu em Niterói e veio para São Paulo com seus pais, aos dois meses de idade. Graduou-se no curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1952. Organizou, em 1960, no Teatro de Arena, em São Paulo, uma das mais instigantes atividades culturais do período, as Noites de Poesia, em que eram divulgadas as obras de jovens poetas. Participou do movimento Os Novíssimos, da Massao Ohno, em 1962.
Autor de inúmeras peças de teatro e contos reunidos em diversas antologias, publicou seu primeiro, e até então único, romance em 1974, Chongas.  O livro traz prefácio elogioso de Antônio Houaiss, que afirmou que o romance é dotado “uma escrita diabalmente aliciante."
Eduardo Alves da Costa é também artista plástico. Suas obras já foram expostas na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Galerie Dina Vierny, em Paris, na Galerie Kühn, em Berlim, e na Plusgalleries, em Antuérpia. Ele vive há sete anos na Vila dos Pescadores de Picinguaba, com Antonieta, sua mulher.

Sobre o Tordesilhas

Revisitando os clássicos com criatividade, lançando autores consagrados de tradições literárias pouco ou nada conhecidas por aqui, buscando novos talentos, disponibilizando literatura de entretenimento sem perder de vista a qualidade, o TORDESILHAS oferece um catálogo nada convencional e persegue o apuro na produção de seus livros, aparatando as edições, fixando textos com rigor, convidando especialistas e tradutores renomados. Seu compromisso é com a sensibilidade curiosa e investigativa.
quarta-feira,
28
de

Autora Parceira | Bruna Coelho Harmel

Olá leitores, como estão??

Eu estou bem, tentando me adaptar a este clima doido de transição. Em minha cidade, anos atrás nesta época, já estaríamos saindo de casa de luvas, touca, duas meias, sobretudo e cachecol... Porém o clima está esquentando muito. Nem sei se vou viver o clima europeu de novo por aqui viu. Mas estes altos e baixos de temperatura acabam com a resistência, eca!

Mas não foi para falar de clima que este post se destina!!!! É para apresentar a mais nova Autora Parceira que veio trazer ainda mais carisma para a Família Escrev'Arte!

Bruna Harmel, além de linda, é mega simpática e fofa. Trocamos alguns e-mails e logo fechamos os detalhes desta parceria. Conheça um pouquinho dela:



Bruna Harmel, uma garota de 19 anos que reside em uma cidadezinha praiana no litoral de Santa Catarina, atualmente cursa nutrição. Escreve profissionalmente desde os 14 anos, quando começou a escrever seu primeiro livro "Nosso segredo", onde terminou e publicou dois anos depois. Atualmente possui dois outros livros em andamento, que escreve com a ajuda e opinião de fãs e parceiros, sendo esses: "Prisioneira do próprio destino" e"Straguerk".

Sua obra: Nosso Segredo

Gabriela sempre se achou um pouco diferente dos outros, mas levava sua vida normal com duas amigas e um amigo gay, adorava vôlei, piano e os Greave's uma banda de rock. Então depois de conhecer seu grande ídolo e descobrir que seus pais, são na verdade espiões, tudo acabou em uma reviravolta, que mudou drasticamente sua vida, e entre mistérios ainda não solucionados e segredos muito bem guardados,ela vai ver sua vida se transformar , mas não esqueça, não conte pra ninguém , afinal, é o Nosso segredo.

Curiosos??? Eu estou, e a resenha vai sair logo logo aqui!!! Aguardem!!!

Entre em contato com Bruna nas redes sociais:



Bruna, seja muito bem vinda ao Escrev'Arte!!! Sinta-se em casa! ;)

terça-feira,
27
de

Resenha | A Corte Infiltrada, de Andrea Nunes [por Rê Souza]

Título: A Corte Infiltrada
Autora: Andrea Nunes
Editora: Carpe Diem
Páginas: 222
Avaliação: 
O que você faria se descobrisse que não é mais dono dos seus pensamentos? Enquanto o Supremo Tribunal Federal está negociando um contrato milionário para instalar um moderno sistema de telecomunicações que facilita o diálogo seguro entre seus ministros e a transmissão de notícias para o mundo , um certo laboratório de pesquisas avançadas em neurociências, consegue, com um experimento científico, devassar a última barreira da nossa individualidade: a mente humana. O Mestre budista Nobu Kentaro sabe que esse é um segredo de consequências imprevisíveis que não poderia cair em mãos erradas. Mas quando está prestes a falar a verdade e impedir que esse terrível invento seja utilizado para implodir o sistema judicial brasileiro, ele é assassinado. A única pista que deixou foi um gesto misterioso feito na hora de sua morte. Para desvendar o que está por trás desse assassinato , o jornalista investigativo Edgar Trigueiro, e a noviça Taís Fonseca, monja aprendiz residente de um mosteiro zen budista, precisam somar os conhecimentos que detêm sobre os segredos milenares do Oriente e as corrompidas estruturas de poder em Brasília. Para vencer a inteligência diabólica que está por trás de tudo isso, eles terão de ser capazes de sobreviver aos perigos que lhes esperam e decifrar enigmas cujas respostas podem estar inclusive onde menos esperam: dentro de suas próprias mentes. Utilizando elementos de ficção científica baseados em descobertas acadêmicas recentes e surpreendentes no campo da neurologia, o novo romance de Andrea Nunes mescla um suspense de tirar o fôlego com fatos reais da cena política e bastidores da Justiça brasileira, revelando uma desconcertante promiscuidade entre o Crime Organizado e o Poder em Brasília

Em meio ao crime organizado, um projeto assustador e fatos reais, Andrea Nunes nos apresenta um romance policial fascinante, investigativo, inteligente e científico.

A narrativa se desenvolve quando o monge Nabu Kentaro, do Mosteiro Zen Budista que administra cursos de meditação para pacientes do Instituto de Neurociências, é assassinado em Brasília quando tenta impedir um terrível erro. Edgar, jornalista investigativo, parte para a cidade de Aldeia, onde fica o mosteiro, para decifrar qual ligação existe entre o Supremo Tribunal Federal, o mestre budista assassinado, uma empresa desconhecida de telecomunicações e o Instituto de Neurociências.

Quando Edgar chega ao mosteiro para  participar do  curso de meditação que é ministrado pela noviça Taís, a fim de investigar os acontecimentos. Os dois unem forças para desvendar o assassinato do monge estudando provas que Edgar conseguiu antes da polícia, fotografando a cena do crime e de uma curiosa e enigmática pista  deixada pelo monge no momento de sua morte.

Com a convivência de ambos, Edgar começa a despertar em Taís sentimentos que a levam a questionar sua verdadeira vocação, e assim começa um belo romance em meio à acontecimentos cada vez mais perigosos colocando ambos em risco conforme avançam e começam a fazer ligações cada vez mais comprometedoras.

Edgar e Taís descobrem que um experimento importante na área de neurologia que poderia servir de grande ajuda à pacientes com transtornos mentais - mas que apresenta uma falha grave no projeto - pode ser usado para dominar a mente das pessoas e está quase caindo em mãos erradas. Os dois correm contra o tempo para descobrir o culpado antes que a corte do Supremo Tribunal Federal seja infiltrada  por facções criminosas e a mente dos ministros manipuladas.

A autora escreve de maneira tão harmoniosa e usa elementos que se interligam tão perfeitamente que a leitura é fluída e interessante, abordando sutilmente fatos que podemos vivenciar no dia a dia e que nem sempre são lícitos.

Outro ponto interessante que a autora abordou na narrativa,  foi a cultura Oriental, que ajudou a dar um ar mais envolvente na trama.

A cada página uma explosiva surpresa que nos instiga o tempo todo não nos deixando dar, sequer, uma pausa na leitura.

Personagens são  bem construídos dentro de uma trama intrigante e enigmática.

Dentro da complexidade da narrativa a autora não deixa nenhuma ponta solta, tudo se encaixa de maneira perfeita.

A capa é linda e misteriosa, combina perfeitamente com o contexto da obra. As páginas são amareladas, contribuindo muito para uma boa leitura.

Impactante. Inteligente. Revelador. Recomendo!!


segunda-feira,
26
de

Resenha | A Garota Silenciosa, de Tess Gerritsen [por Nadja Moreno]

Título: A Garota Silenciosa
Série: Rizzoli & Isles Vol. 9
Autora: Tess Gerritsen
Editora: Record
Páginas: 368
Skoob
Avaliação: 

Uma mão ensanguentada é descoberta em um beco na Chinatown de Boston. Agora a detetive Jane Rizzoli, sua equipe e a patologista Maura Isles precisam localizar o restante do corpo – e identificar o cruel assassino. Mas a investigação toma rumos inesperados quando dois pelos de origem não identificada são encontrados junto ao cadáver. A dupla Rizzoli e Isles se vê diante de um novo desafio e alguém — ou algo — põe em xeque tudo em que acreditam.

Instigante e curioso. Esta é a minha definição para A Garota Silenciosa. Ainda não conhecia a autora, mas já tinha lido muita coisa positiva sobre ela, e entendi os porquês através desta leitura. Tess escreve com uma maturidade enorme, fazendo com que o leitor se infiltre na trama e a vivencie. Tudo se torna absolutamente plausível, sério, bem descrito. Real. Mesmo que tenhamos vislumbres de lendas chinesas durante a leitura, o contexto e a ambientação chega a nos enganar e acreditamos no improvável.

Uma tragédia do passado, uma chacina seguida de suicídio é o pano de fundo que junta todos os elementos que envolvem este trama policial. Investigação daquelas que não nos deixa soltar o livro. Suspeitos e vítimas surgem de todos os lados e trocam de papel a cada página. A história me fez desconfiar de todos e acreditar em todos de forma simultânea. Há um 'quê' de suspense e mistério que envolve tudo e que deixa a história ainda mais instigante.

Os personagens são bem criados, a maioria com personalidade bastante forte. A detetive Rizzoli e a patologista Isles são as personagens que acompanham a autora ao longo da série Rizzoli e Isles, agora composta por nove livros. Não há necessidade de ler os demais ou na sequência para entender este. Cada livro é uma investigação e uma história diferente. Desta forma não nos é apresentado neste livro os detalhes destas personagens, porém ao longo da história conseguimos entender quem são, onde vivem e o que fazem além da carreira. Assim como a história, os personagens são muito reais. Acredito que em outros livros da série, os detalhes dos demais personagens que as acompanham devem ser mais específicos. 

O desdobramento de tudo é muito bem feito, sem fios soltos e nem um pouco forçado. Tudo se encaixa muito bem e o quebra-cabeças vai sendo montado e a verdade surge aos poucos. Há pouca atenção ao romance, embora exista. Não é este o foco e, em minha opinião, não fez a menor falta.

Em suma, é um livro excelente, inteligente e perspicaz. Leitura obrigatória!

Este livro foi cedido pela editora para esta resenha.