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segunda-feira,
30
de

[Coluna] Pelo Avesso

Olá amigos!

Essa é a última segunda do ano. E como consequência, essa é a última coluna do ano também. Gostaria de agradecer a todos por terem lido com carinho os textos e comentado em cada um deles. Agradeço também a Nadja que me deu essa oportunidade.

Como essa é uma segunda especial, teremos Pelo Avesso em dose dupla. Primeiro trouxe uma indicação de curta metragem para se assistir com a família e começar um ano com pensamentos diferentes. Depois, temos nosso texto da quinzena. Desejo a todos um próspero ano novo e até o próximo ano.



UM FATO SOBRE HARVEK MILOSZ KRUMPETSK

Título: Harvie Krumpet

Ano de Produção: 2003

Elenco: Geoffrey Rush – Narrador (voz) | John Flaus – Harvie (voz) | Julie Forsyth – Harvie bebe / Liliana / Cantor da igreja (voz) | Kamahl – Estátua

O curta metragem de aproximadamente vinte e três minutos, é uma animação escrita e dirigida por Adam Elliot, colecionador de mais de cem prêmios. A história de Harvek Milosz Krumpetski, filho de um lenhador e uma mulher obcecada por contar os dedos, apresenta um exemplo de superação e acima de tudo otimismo. Harvek é diagnosticado com a síndrome de Tourette e devido às dificuldades de relacionamento na escola, é alfabetizado pela mãe de uma maneira diferente: Harvek aprendia o mundo e a vida através de “fatos”. Após a morte dos pais e invasão dos alemães, Harvek vai para a Austrália, onde muda seu nome para Harvie Krumpet e tenta recomeçar sua vida. O destino porém não dá muitas esperanças e Harvie é atingido por um raio e perde um de seus testículos. Apesar de tudo, o protagonista que vive com um modo de vida próprio e excêntrico, se casa com uma enfermeira e permanece sempre otimista e com seu livro de “fatos” no pescoço. Diante de tanta má sorte, Harvie ultrapassa todas as barreiras e padrões convencionais deixando um dos principais fatos apresentados no curta metragem: o estilo de vida Krumpet é um exemplo que deve ser seguido e jamais esquecido.



TUDO NOVO DE NOVO


E a morte mais uma vez se faz presente. O renascer porém, traz infinita paz e inabalável esperança. Uma luz se apaga e muitas outras se acendem num único segundo. Sim, faz parte do ciclo. Um ano se encerra e um novo saldo de trezentos e sessenta e cinco dias são depositados igualmente, fraternalmente entre todos os mais de sete bilhões de habitantes do adorável planeta Terra. Se 2013 não correspondeu às suas expectativas, um novo ano surge com novas oportunidades, janelas, horizontes.

Além disso, milhões de metas e objetivos (nem sempre cumpridos) são determinados. Pobre homem, mal sabe que existem outros 365 dias para se estabelecerem metas e promessas. Melhor ainda, 365 dias para cumpri-las. E quantas expectativas são criadas. Junto com elas uma grande ilusão cega nossos olhos para o que é essencial. Não crie expectativas, alimente seus sonhos se esforçando para realiza-los. Não alimente seus sonhos apenas no primeiro dia do ano. Veja cada dia como uma nova chance de se fazer tudo que sempre quis fazer. Não adie o que se pode fazer agora. O futuro é tão incerto quanto as previsões maias. Procure se divertir com opções de entretenimento sadio selecionando sempre as atividades e programas que farão bem para o corpo e para a mente. Saiba discernir o que é favorável e o que não é favorável. Procure fazer novas amizades. Já imaginou fazer um novo amigo a cada dia? Valorize os amigos que já se encontram no caminho. Eles são a fonte mais preciosa de conselho, paciência, diversão, do verdadeiro amor. Não deixe guardado do lado esquerdo do peito o que você pode levar e usar sempre com você. Não culpe o ano que acabou por trazer dores ou perdas. Elas podem acontecer a qualquer momento, em qualquer ano. 

Lembre-se de todas as experiências boas e tire suas conclusões das ruins. Nesses momentos encontramos lições preciosas que devem ser repassadas para todas as gerações. Não tenha medo do ridículo. Ridículo é ter medo de ser quem você é. Procure identificar e corrigir seus defeitos, e utilizar suas qualidades positivas e negativas a seu favor. Você pode e deve estabelecer como se toca e se dança a música da vida. Antes de confiar demais nas pessoas, confie em si mesmo. Faça boas ações sem esperar nada em troca. Que neste novo ano você possa rir sem perceber, e encontrar o lugar onde o sol brilha pra você. A felicidade está nos pequenos gestos e coisas da vida. Felicidade é só questão de ser. Não deixe que a saudade de 2013 te impeça de fazer 2014 valer a pena. Desejo um ano coberto de realizações e muita esperança.

“Que as pessoas que eu amo, sejam pra sempre amadas, mesmo que distante, pois metade de mim é partida, a outra metade é saudade. Que a tensão que me corrói por dentro, seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria, pra me fazer aquietar o espírito. E que o seu silêncio me fale cada vez mais, pois metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço. Que a arte me aponte uma resposta, mesmo que ela mesma não saiba. E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, pois metade de mim é plateia, a outra metade é canção. Que a minha loucura seja perdoada, pois metade de mim é amor. E a outra metade também.” (Adaptado – Oswaldo Montenegro)

Redigido por                          

domingo,
29
de

Novos Moradores da Estante #14 - Especial Natal

Olá leitores! Tudo bem? Depois de alguns dias longe do meu blog do coração, estamos de volta! Fechar o ano bem, e começar 2014 ainda melhor, se Deus quiser! 

Hoje venho mostrar para vocês a coluna Novos Moradores da Estante, edição especial Natal. Somente com os livros que ganhei nestes dias, de natal e de amigo oculto. Depois volto com outra postagem nesta coluna para mostrar os que comprei ou chegaram de parcerias, ok? 

Ah, aproveitando, apreciem bem esta postagem e a próxima, porque creio que elas não serão mais tão recheadas como as que tenho postado nos últimos meses. Sabem aquelas listas de "O que vou fazer" que a gente sempre escreve todo início de ano? Pois então. A minha é encabeçada por: "Não comprar nenhum livro novo antes de ler todos os livros da estante!" Esta promessa eu pretendo cumprir então só postarei aqui livros novos que vierem de parceria. Em contrapartida, vocês verão, certamente, muitas resenhas novas! Porque é claro que vou ler muito rápido tudo que tenho para poder voltar a comprar! haha (rápido é eufemismo, porque vou é demorar um tanto bom para ler todos! enfim).

Vamos conhecer então os queridinhos que ganhei?

Diz que és um deles
Este livro veio de Portugal diretamente para a minha estante. Presente de natal do meu querido irmão Neliton Wagner que mora lá e veio passar o natal conosco. Apaixonada! Primeiro internacional da minha estante!!

Uma Vida Interrompida
Ouvi falar muito bem deste livro e o quis pra mim! Daí meu 'mor' garimpou por aí até encontrar um e me deu. Lindo, não?

Inferno
Presente de amigo oculto da aluna Juliana! Acertou em cheio com o presente, porque era o único que faltava de Dan Brown em minha estante. Agora tenho todossss!!!

Quem é Você Alasca | As Vantagens de Ser Invisível
Estes vieram da querida Amanda Viana, do blog Geek & Pop. Foi presente de amigo oculto literário, lá do Grupo Blogueiros e Blogueiras do Face. Além dos livros vieram muitos mimos que eu adorei! ^^

A Maldição do Tigre
Este também veio de amigo oculto, desta vez lá do meu trabalho. Meu colega Flávio escolheu e não errou! Ainda não li a série. Como não posso comprar mais, quem quiser me fazer feliz e completar a coleção, fique À vontade ok???? ;)

Revenge - Treinamento para Vingança
Meu outro colega de trabalho, Thiago, me vê o tempo todo com livros nas mãos, em minha mesa, vira e mexe comento do blog e por aí vai. Todo mundo que convive comigo um tempinho que seja começa a ter este mal: toda vez que passa numa livraria, ou compra um livro, fatalmente se lembra de mim! Foi o que aconteceu com o Thiago. Comprou um exemplar para ele, e não resistiu à tentação de me dar um de presente... Sorte a minha!!!! Mais um da lista das leituras de 2014! \o/

Agora os outros 10 títulos que vocês podem ver na foto vieram da minha prima querida e amada Lea! É a irmã que não tive (só tenho irmãos). Aí no último amigo oculto em que participei, da família, eis que ela sai comigo. Era pra ser presente de 10,00... até pensei que não ia virar livro, porque em minha cidade livro barato é coisa rara! Mas não é que ela achou um "kit" de livros por este valor????? Hahahaha, mega hiper feliz! Vejam só os títulos:
Pele da Alma - Cristina Lacerda
Francisco 'Pancho' Villa - Marco Antonio Villa
99 Dias Virtuais - Arthur Ranieri Jr. e Fernanda Kfuri
Ziriguidum - Oswaldo Sargentelli
Campeando Lembranças - Maria de Lourdes da Silva Ramos
Pão e Chocolate | Poesias - Clara de Góes
A Virgem Fugitiva - Klem Kindley
A Escola dos Bárbaros - Isabelle Stal e Françoise Thom
Thomas Merton | O Apóstolo da Compaixão - J.C. Ismael
Cristal - Wilson Bueno

Viram só quantos??? A ideia era fazer esta postagem por vídeo, mas como acabaram sendo mais livros do que eu esperava (uuhhuuuu), pensei que o vídeo iria ficar longo demais. Mas prometo a quem me pediu, que em breve farei uma vídeo-postagem bem legal, ok? 

E vocês, ganharam livros de natal? Conta pra mim!!! ^^

Beijos, boas leituras!!!
terça-feira,
24
de

Feliz Natal!!!!

Olá queridos leitores e leitoras do Escrev'Arte!!!

Estou dando uma passada rápida para me desculpar da ausência nestes dias. Preparo para o final de ano me ocupou o tempo todo... Família grande, sabe como é \o/

Gostaria de desejar a todos um Natal cheio de paz, alegrias, muitas risadas, muitos presentes e comida gostosa, em companhia mais gostosa ainda. Desejo que o Menino Jesus coloque sua luz sobre a casa de cada um de vocês nesta noite especial! Espero que o dia de vocês amanhã seja lindo e memorável! ;)

No dia 26 volto com as atualizações diárias, resenhas, novidades, comentários, uma vídeo postagem que estou devendo há tempos. Espero todos vocês por aqui, ok??

Beijos, bom Natal para todos nós! 
quinta-feira,
19
de

[Coluna] Pelo Avesso





(Sem Título)



Palavras são aqueles amontoados de letras que juntas e em certa ordem expressam o amor que você tem, ou a hipocrisia camuflada por trás do discurso. Palavras são aqueles monstros que podem destruir, amaldiçoar, aterrorizar a vida de muita gente. Palavras são os heróis que salvam, purificam e promovem a paz naquele lugar. Palavras são um reino encantado, onde a fantasia predomina e dela provem a esperança e harmonia. Palavras são um jardim com as mais diversas flores, algumas com espinhos, outras sem. Palavras são palhaços que arrancam sorrisos e trazem à tona a alegria e felicidade. Palavras são filmes que podem te proporcionar as mais diversas emoções quando a ideia central é percebida e absorvida com sucesso. Palavras são mestres que com sua sabedoria te fazem refletir e acreditar em pensamentos que farão sentido mesmo que se saiba que ele não existe. Palavras são moinhos. Palavras são o céu, a terra. O sol, a lua. O paraíso, o inferno. O belo, o feio. O simples, o complexo. O amor, a injustiça. A verdade, a hipocrisia. O certo, o talvez. A confiança, o receio.
Palavras constroem universos, assim como podem destruí-los. Fazem luz, abrem as trevas. Sem elas, esse pequeno e simples texto não existiria. Já imaginou um mundo sem palavras? O que seria da humanidade? É. Não dá pra medir a força das palavras. Mas nem sempre palavras são deuses. Os que nisso acreditam, desconhecem o poder do silêncio.

Redigido por Antonio ABJ     


 
terça-feira,
17
de

Resenha | Almanova | Jodi Meadows



Título: Almanova

Autora: Jodi Meadows

Editora: Valentina

Páginas: 288




Sinopse
Ana é nova. Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre... Sam acredita que a alma nova de Ana é boa e valiosa. Ele, então, decide defendê-la, e um sentimento parece que vai explodir. Mas será que poderá amar alguém que viverá apenas uma vez? E será também que os inimigos – humanos ou nem tanto -- de Ana os deixarão viver essa paixão em paz? Ana precisa desvendar grandes segredos: O que provocou tal erro? Por que ela recebeu a alma de outra pessoa? Poderá essa busca abalar a paz em Heart e acabar por destruir a certeza da reencarnação para todos?

Resenha
Almanova é um livro intrigante e novo. Primeiro volume da Trilogia Incarnate, traz à tona um enredo centrado na reencarnação. Tudo ia muito bem e tranquilo num mundo com um número exato de almas, que iam e vinham entre vidas e mortes e renascimentos. Tranquilo até que Ana nasce, uma alma nova, em substituição a outra que nunca mais reencarnou.

O livro é narrado em primeira pessoa e nos faz sentir o deslocamento que Ana vive na trama. Ela precisa se adaptar a tudo, visto que é rodeada por almas que já reencarnaram centenas de vezes e existem há muito tempo. Ao longo das páginas Jodi consegue nos inserir no contexto todo, mesmo usando a visão limitada de alguém que chegou agora para descrevê-los. Somente no quesito ambiente que fiquei um pouco perdida, não consegui visualizar claramente os ambientes de Hearth e talvez tenha de lê-lo novamente para me centrar neste ponto e visualizá-la melhor.

O aspecto da reencarnação constante e ciente é uma visão extremamente nova. No início soa estranho o fato de uma pessoa se lembrar de tudo a respeito de suas vidas passadas, as quais poderiam ter sido tanto como mulher quanto como homem. Os relacionamentos traspassam a vida atual, então um casal hoje pode se encontrar em um novo renascimento no corpo de duas mulheres, por exemplo. O que não faz com que o amor eterno entre as almas gêmeas seja prejudicado.

A fantasia é bem presente em diversos pontos. Seja no templo que tem paredes que pulsam como vivas, seja nos dragões que cospem ácido ou nas Sílfides que queimam. Porém a centralidade da estória é saber “quem ou o quê” é Ana, a única almanova entre todas as almas viventes. Para isso a trama sugere intriga, intolerância, medo do novo, crença.

É claro que o romance não é deixado de lado, assim como suas limitações. Ana é nova e tem um encanto correspondido por uma alma reencarnada centenas de vezes, que hoje se apresenta como um jovem musicista extremamente talentoso. Como não poderia ser diferente, o enredo nos faz ficar torcendo pelo desfecho deste carinho entre eles durante umas boas páginas, o que vale muito a pena.

Ele tocou minhas notas mais uma vez, mas, em vez de parar depois, tocou a coisa mais incrível que meus ouvidos já tinham ouvido. Como ondas nas margens de um lago, e vento entre as árvores. Havia raios, trovão e tamborilar da chuva. Calor e raiva, e a doçura do mel.
Nunca tinha ouvido essa música antes. Parecia não haver espaço para respirar ao redor do meu coração inchado conforme a música crescia, fazendo-me sentir dor por dentro.
Jodi tem uma linguagem rápida e fácil. Somente demorei umas poucas páginas para me adaptar à forma de colocar os pensamentos de Ana após as falas. Em algumas vezes este pensamento se liga a algo que aconteceu umas linhas acima e até que isso se tornasse natural na leitura eu fiquei um pouco perdida, tendo de dar uma olhadinha acima para entender sobre o que era o pensamento.
Almanova é o primeiro volume de uma trilogia então termina com muitas coisas sem respostas, porém tem um começo, meio e fim de ação e aventura neste livro. Ótimo porque nos deixa a ansiedade pela sequência, mas sem nos obrigar a ficar com a sensação de algo inacabado.

A capa é linda e muito bem feita, com referência à borboleta que tem um papel bem marcado na estória. A diagramação é impecável, com páginas escurecidas e imagens de borboletas em cada começo de capítulo. Não encontrei erros, a fonte tem tamanho bom e as páginas são amareladas. Espero não ter de esperar muito para a continuação – Almanegra – que promete ser ainda mais cheio de ação e aventura.

Esta resenha foi originalmente redigida por mim para o site Papiro Digital, do qual sou colaboradora.
domingo,
15
de

Promoção #13 - Ano Novo Livros Novos

Seis livros, três ganhadores!

Começar o ano com livro novo é bom! Se você concorda, preencha o formulário abaixo e participe! Quem sabe é a sua vez de ganhar! \o/


Esta é uma promoção conjunta entre blogs e as regras são simples:
- O concurso é recreativo, não estando vinculado a marcas, compras e vendas de serviços.
- O sorteio será válido até 12/01.
- O resultado será divulgado nos blogs e nas redes sociais no dia 15/01.
- O contato será feito via e-mail.
- Se o sorteado não tiver seguido todas as regras ou o vencedor não entrar em contato dentro de DOIS dias após o contato via e-mail, novo sorteio será realizado.
- As despesas de envio são por conta e responsabilidade dos blogs, que tem o prazo de um mês para enviá-los após o resultado do sorteio.
- Regras sujeitas a alterações sem aviso prévio!

Participe! E boa sorte a todos!!!

a Rafflecopter giveaway


quarta-feira,
11
de

Resenha | Herdeiro da Névoa | Raquel Pagno




Título: Herdeiro da Névoa

Autora: Raquel Pagno

Chiado Editora

Páginas: 254

Skoob



Sinopse

Inácio Vaz mal podia acreditar no sonho que se realizava. Acabara de chegar à Paris com algumas moedas no bolso e a grande vontade de se tornar advogado. Depois de ser surpreendido pela beleza de Chloé Champoudry, enquanto esperava pela entrevista que lhe garantiria a bolsa de estudos na Sorbonne, e encantado pela garota dos cabelos de fogo, trocara equivocadamente Direito por Artes, para poder estar em sua companhia. Desesperado por ter abdicado do sonho, Inácio descobre que seu nome não consta em nenhuma das listas de matrículas. Disposto a esclarecer o mal entendido, não percebe que seus documentos foram trocados. O rosto na foto é seu, mas o nome, de outro. Stephen, seu colega de quarto, tenta convencê-lo a assumir a nova identidade. Os documentos pertencem ao herdeiro da dinastia Roux, um milionário desaparecido sem deixar rastros. Preso em um leque de mentiras e suspense, Inácio trava uma luta com sua própria consciência, enquanto apaixonado, procura pela garota que lhe roubara o coração.
Resenha

Imprevisível! Esta é a minha palavra para descrever Herdeiro da Névoa. 

Comecei a leitura sem saber bem o que me esperava. Tinha visto muito bons comentários sobre o livro e estava curiosa para lê-lo. Raquel me enviou gentilmente um exemplar para resenha e adorei a oportunidade. Finalmente conheceria a estória de Inácio que havia encantado tantos leitores.

Não demora muito e as coisas começam a ficar estranhas na vida de Inácio. Situações inusitadas começam a acontecer já nas primeiras páginas e a necessidade por entender o que significava tudo aquilo me prendeu e eu não consegui mais largar o livro. A todo momento eu tinha um breve vislumbre do que poderia ser, mas em seguida eu percebia estar errada e novamente achava que estava conseguindo decifrar os enigmas e de novo algo acontecia.

Raquel tem uma facilidade bastante grande em deixar o suspense no lugar onde ele deve estar - no inesperado. Já li vários livros de suspense que dão dicas muito diretas do que vai acontecer em seguida, o que tira um pouco o glamour da coisa. Raquel conta, mas sem contar, entende? A gente tem vislumbres mas eles não são claros, daí não tem outro jeito. Tem de ler a próxima e a próxima página para decifrar o contexto todo.

No enredo encontramos mentiras, intrigas, traições. Muita magia negra e momentos com um quê de fantasia. Em alguns trechos senti falta de um pouco mais de questionamentos por parte de Inácio ou do detetive que complementa a trama em determinado ponto. Porém Raquel acerta este pormenor com a ligação de tudo em torno de magia negra. Aí tudo aquilo que achei que estava meio "mal explicado" ficou corrigido como "efeito da magia". Bacana. 

Nenhum fio ficou solto. Num capítulo lá pro final as coisas são esclarecidas ponto a ponto, de uma forma até didática! Tudo certo, esclarecido e resolvido. O finalzinho me deixou um bocadinho triste. Mas não tinha como ser diferente. Caso fosse, eu seria obrigada a dizer que não gostei do ajeito que Raquel teria dado ao fato. Não tinha como acertar sem parecer final de novela mexicana. Foi o final que teria de ser, mas mesmo assim fiquei com peninha. ;)

A diagramação é simples, encontrei alguns pequenos erros, as páginas são amareladas e a fonte em tamanho ideal. Capítulos curtos, do jeito que a gente gosta... :)

A Autora:

Raquel Pagno nasceu em Lages, SC, em 1982. Escreve desde a infância, é estudante de Administração de Empresas e trabalha atualmente como projetista e cartógrafa.
Publicou no livro Contos de Grandes Autores Brasileiros, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, e em diversas antologias literárias. Participou do Audiobook Vampiros de Alma, pela Radio Digital Rio.
Venceu o 8º concurso literário de Suzano, edição Cora Coralina, na categoria “Contos” no ano de 2012. Ganhou o Prêmio Literário Cláudio de Souza, na categoria Melhores Contistas. Em 2013 recebeu o Prêmio Luso-Brasileiro na categoria Melhores Contistas e o 2º lugar no I Festival de Contos do Rio de Janeiro.
Associada à LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas), é membro correspondente da ALAF – Academia de Letras e Artes de Fortaleza, da ALG (Academia de Letras de Goiás) e da ACLA (Academia de Letras, Artes e Ciências de Vitória) e embaixadora da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture.
Publicou os romances Rubi de Sangue (2011), pela editora Òmega, Seablue (2012), editora Corpos. Em 2013 serão lançados em Portugal os romances O Voo da Fênix e A Revelação, também pela Òmega.
Seu primeiro romance a ser comercializado também no Brasil, intitulado Herdeiro da Névoa (2013), foi publicado pela editora Chiado.












terça-feira,
10
de

Novos Moradores da Estante #13

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Não sei se vocês viram na fanpage do blog, mas troquei a minha Estante de livros. Era de parede, daí começou a sobrar livro e faltar parede hahaha. Então resolvi tirar tudo e colocar uma de chão, com mais espaço. Eu simplesmente amei o resultado! E, é claro, comemorei com alguns livros novos! ;)



Veneno e Almanova são livros vindos de parceria. Veneno da parceria com a Editora Única, e Almanova da Editora Valentina, através do site Papiro Digital, da qual sou colaboradora. Em alguns dias tem resenha aqui.

A Fúria dos Reis vem de mais uma troca bem sucedida no Skoob! Logo completo a coleção destes "livrinho". ;)

Os demais foram comprados:
O Chamado do Cuco (estava doida para tê-lo em minha estante)
Pétala Escarlate / Flor Branca (puro romance, ótimo para ler nas férias)
Os Dias do Cervo (volume 1 de uma trilogia... estas trilogias me matam! haha)
O Quarto Reino (aqueles livros que a gente se apaixona pela sinopse, mas nunca tinha ouvido falar... espero que seja bom!)
O Enigma do Quatro (idem descrição acima ^^)
Aurora Boreal (primeiro presente de amigo oculto. Este ganhei da aluna - e sobrinha - Larissa, na festinha de final de curso. Amei!!)
Toda Sua / Profundamente Sua / Para Sempre Sua (então, vejo sempre por aí muitos comentários... bom, daí não resisti e tive de comprar neh?)




Aí enquanto estava montando esta postagem chega mais um!! Ahh, bom demais. Este é cortesia da Editora Saída de Emergência, através do site Papiro Digital. Mais um Steampunk para a minha coleção. Conheci o gênero através da leitura de Alma? e adorei.
Livros bons para resenha não me faltam neste começo de férias, não é mesmo?? ^^


Agora algumas fotos da estante nova... Ahhh, é meu mais novo querido e grande amor! \o/



E ainda sobraram alguns espaços para os presentes de natal! Muito feliz!!!! \o/

Beijos e boas leituras sempre! E se gostou, comenta!!! ;)
segunda-feira,
9
de

Autor Parceiro #18 - Victor Bulhões

Oi galerinha, tudo bem com vocês?

Venho hoje apresentar para vocês mais um autor que concordou em fazer parceria com este meu blog lindo! A quantidade de alegria que este blog me proporciona está se tornando algo incalculável!

Victor Bulhões!

Victor é um autor muito simpático e atencioso. Conversamos um pouco sobre sua obra e logo estávamos com a parceria fechada. Conheça abaixo um pouco do autor e sua obra:

Sou Victor Bulhões Correia e tenho 22 anos, natural de Natal-Rn. Desde criança sempre gostei de ouvir histórias, imaginar diferentes mundos e personagens. Aos 12 anos me interessei pela literatura ao conhecer as obras de Arthur Conan Doyle (Sherlock Holmes) e pouco tempo depois conheci Harry Potter, são obras fantásticas. Nesta mesma faixa etária conheci o RPG, um jogo imaginário, onde pude dar vida a tudo que guardava em minha mente. Depois de muitos anos jogando, decidi canalizar minha criatividade para a escrita, iniciando o projeto da saga O Caçador no final de 2012, 3 meses depois, minha primeira obra já estava completa.

Possuo o primeiro volume de uma saga distópica completo e um de suspense em andamento, estes são meus futuros projetos, que pretendo revelá-los em breve. Acredito que em 2014 eu também conclua o segundo volume da saga O Caçador.

SINOPSE

Adrian é um jovem que sem saber, possuía o sangue sagrado dos caçadores em suas veias. Nascido e criado na Romênia, por seu avô Bernard, seu único companheiro e mentor, que lhe ensinou todos os valores que precisava aprender para ser um bom caçador, um homem honrado e benevolente.

Foram longos anos de paz, tudo caminhava para que se tornasse apenas um homem que vivia com o que a mãe natureza tinha a oferecer... Até o momento em que um misterioso viajante, traz notícias de seu pai, há muito tempo desaparecido. A verdade obscura que lhe fora escondida será finalmente revelada.
Criaturas que habitavam os seus piores pesadelos viriam à tona. Estava na hora de abraçar seu destino. Seus dons adormecidos seriam usados novamente para combater as trevas que reinavam sobre a humanidade. A guerra está apenas começando.






Victor, seja bem vindo, a casa é sua! Espero ansiosa pela publicação de O Caçador! ;)


domingo,
8
de

Resenha | A Garota que tinha Medo | Breno Melo


Título: A Garota que tinha Medo

Autor: Breno Melo

Editora: Schoba

Páginas: 248

Skoob

 


Sinopse
Diagnosticada com a síndrome do pânico, tudo o que Marina deseja é encontrar um lugar confortável neste mundo. Numa narrativa em primeira pessoa, detalhada e realista, Marina nos expõe sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, religiosa e familiar. Psiquiatras e psicólogos fazem os papéis de heróis neste livro tão impactante quanto revelador, que tem suas partes de amizade e amor ao próximo. Como não se emocionar com Péqui ou não se apegar ao veterano de guerra que cuida de Marina? A agorafobia é outro tema abordado de maneira tocante nestas memórias. Um drama original, escri- to em linguagem incrivelmente acessível, para quem deseja conhecer a síndrome do pânico, seus possíveis desdobramentos em nossas vidas e aqueles tratamentos mais famosos. Um romance moderníssimo, humano e esclarecedor.


Resenha
Este livro foi gentilmente enviado pela Editora Schoba para resenha, e posso dizer que fiquei muito contente com este 'presente'. Sim, A Garota que tinha Medo é um presente. Esclarecedor e profundo. Me senti ligada a Marina ao longo das páginas. Breno foi mestre ao traduzir a forma como os acontecimentos se desenrolam na vida de uma panicosa.

A Garota que tinha Medo conta a vida de Marina, uma jovem que desenvolve a Síndrome do Pânico e a Agorafobia, este decorrente do outro. O livro é narrado em primeira pessoa e é redigido em um estilo conversante muito gostoso de se ler. É como se Marina estivesse sentada do meu lado num Café, me contando as coisas que aconteceram com ela. 

Em alguns momentos Marina divaga bastante, seja falando de religião, em especial a Católica, seja falando da guerra do Paraguai ou ainda comentando sobre obras e arte. Divaga falando de fé numa hora e de amor noutra. Nestes pontos achei a leitura um pouco arrastada, embora tenha ciência de que estas divagações estavam dentro do contexto.

Breno retrata os sintomas, os questionamentos, as angústias, a vergonha e até as pequenas alegrias que o portador de Síndrome do Pânico vive. O faz de uma forma genial que não deixa dúvidas - então é assim! O livro me fez lembrar de "O Mundo de Sofia" que nos faz entender de Filosofia de uma forma lúdica, ou de "A Viagem de Théo" que é uma aula de Teologia de um jeito romanceado. A Garota que tinha medo nos ensina sobre esta Síndrome assustadora, na forma de um bate-papo leve, descontraído, gostoso. 

Fiquei horrorizada com a minha distração. Nunca o havia visto por ali. Sabia que compartilhávamos o mesmo bairro, mas jamais havia imaginado que pudesse ser o mesmo condomínio.
Eu não era burra, ouviu? Só era distraída.
Fiquei maravilhada com a facilidade em que Breno "se transmuta em Marina" ao redigir esta obra. Quando terminei, li a NOTA no final do livro. Cita que é uma ficção. Que tudo que eu havia acabado de ler era ficção. Veja bem, eu sabia, afinal a protagonista era Marina, uma jovem, e o autor é Breno Melo. Simples de se perceber que não são a mesma pessoa, correto? Não. Errado. Ao terminar de ler e novamente me lembrar que era uma obra de ficção fiquei pasma. "Mas... era tudo tão real!" Impressionante como ao longo da leitura eu tinha certeza de estar lendo uma biografia. O relato da própria Marina. Quando dei por mim de que era uma obra de ficção Breno me ganhou como fã.

A diagramação é bem feita, páginas amareladas, fonte no tamanho ideal e capítulos pequenos. A editora Schoba  é cuidadosa!

P.S. Depois de ler esta obra vejo com olhos ainda mais respeitosos os panicosos que estão por aí, por todos os lados. Olhei também com um carinho ainda mais genuíno o livro "O Pequeno Príncipe" (só entenderá a linda referência quando ler A Garota que tinha Medo). Recomendadíssimo.
sexta-feira,
6
de

Promoção #12 - Sorteio Surpresa!!!


Olá leitores, tudo bem com vocês?

Vamos tentar a sorte de novo? Agora são 8 blogs que irão sortear 8 livros SURPRESA! Eu, como adoro surpresas (boas ^^) adorei a ideia e resolvi fazer parte!



Regrinhas básicas:

-O sorteio terá vencedor único.
- É necessário ter endereço de entrega no Brasil.
- Cada blogueiro ficará responsável pelo envio do seu livro em até 30 dias.
- A promoção é válida de 02/12/2013 até 03/01/2014.
- O ganhador deverá responder o e-mail em até 4 dias, caso contrário, será feito novo sorteio.

Simples, né? Preencha corretamente o formulário abaixo e fique na torcida!

a Rafflecopter giveaway

Boa sorte!!!
quinta-feira,
5
de

Resenha | O Amor de Deus | Wilson Santos



Título: O Amor de Deus

Autor: Wilson Santos

Editora: Incentivar

Páginas: 126

Skoob


Sinopse
Pode um homem ser feliz sem o Amor de Deus? Em um mundo movido pela competição e vitórias individuais, onde mais e mais pessoas mergulham em um vazio interior, de solidão, tristeza e dor, onde muitos questionam seus próprios valores, sua fé e até mesmo o sentido da vida, o autor nos convida para uma introspecção, enveredando em conceitos e reflexões sobre O Amor de Deus. O que você vai encontrar nessa obra pode mudar sua vida para sempre! São muitas perguntas. Porque tantas coisas acontecem? Qual o propósito? Onde está Deus? Saiba como encontrar essas e muitas outras respostas. De forma eficaz, com uma abordagem leve e moderna, somos lembrados da importância de nossas escolhas; convidados a conhecer o verdadeiro significado desse amor divino no mundo contemporâneo, a controlar nossas ansiedades e medos, a ter um olhar sobre o outro inspirado em Deus, a encontrar o caminho do perdão, reconciliação com Deus e consigo mesmo, a renovar nossa fé e esperança, a encontrar a beleza da vida e a felicidade plena. Levando ensinamento, conforto, encorajamento e esperança, O Amor de Deus vai tocar o seu coração.

Resenha
O Amor de Deus é um livro de cabeceira. Sim, daqueles livros que a gente abre às vezes para buscar inspiração. É composto de vários temas, como Escolhas, Perdão, Perfeição, Vida... entre tantos outros. Em cada tema, Wilson faz uso de citações bíblicas e comentários - leia-se toques e puxões de orelha - para nos alertar e lembrar sobre o Amor de Deus em nossas vidas. Mas fala do amor de Deus no sentido da fé e não religioso, em momento algum há comentário ou indicação de uma ou outra religião... Apenas Deus e fé.

Posso chegar ao pé da montanha, olhar para o cume e achar que está alto demais, e questionar por que Deus fez aquela montanha tão alta. (...) Posso, entretanto, olhar para a mesma montanha e perguntar onde aprendo alpinismo, porque vou subir.
A exemplo deste quote, Wilson fala sempre ao longo das páginas do livro sobre superação no amor de Deus, sobre mudança de vida e de parâmetros, baseado no que Deus pode nos ajudar... Fazemos a nossa parte, e Deus se encarrega do resto.

Conheci Wilson no evento literário Livros em Pauta, em São Paulo e ele se propôs a enviar um exemplar para leitura e resenha. Fiquei contente por acreditar no meu trabalho e aceitei, embora o foco do blog não sejam livros de autoajuda, nem seja este o tipo de literatura que eu goste. Mas posso dizer que não me arrependi e gostei de sua obra. Nunca é demais falar de Deus e seu amor por cada um de nós.

A diagramação é simples mas bem feita, não encontrei erros e Wilson escreve de forma muito correta e clara. Um bom livro para quem quer ou precisa ouvir um pouco mais sobre o amor. ;)

terça-feira,
3
de

Promoção #11 - Natal com o Blog Entre Resenhas


Olá pessoas queridas!!!

O blog Entre Resenhas recebeu do cineasta e escritor Marcos DeBrito um exemplar autografado do seu romance de estreia "À Sombra da Lua", publicado pela editora Rocco!! E o Escrev'Arte está junto nesta parceria... Bora ganhar um exemplar???


A promoção teve início em 02/12/2013 e termina em 02/01/2014.

Resenha aqui: À Sombra da Lua

Para participar basta:

*Seguir todos os passos do formulário
*Ter endereço fixo no Brasil

Lembrando que o blog terá o prazo 30 dias para envio do exemplar!!

a Rafflecopter giveaway


Boa sorte galera!!! :)
segunda-feira,
2
de

[Coluna] Pelo Avesso


AH! O AMOR!

Ah! O amor! Chegou! Melhor dizendo, aconteceu! Aquele que parecia frio, calculista e crítico, se mostrou um eterno romântico. Talvez o último. Talvez o único. Não importava. Tinha esperado por aquilo, quase sua vida inteira. Guardava todo aquele sentimento escondido bem no fundo, tão profundo que se tornava invisível a olho nu. Observava o tempo todo esse mesmo amor camuflado nos outros e achava tão natural. Essa naturalidade porém, abrigava um sentimento que o dominava. Sentimento que preenchia seu ser com um vazio. Se sentia só. Sozinho. Nessa solidão se perdia elaborando as mais diversas teorias sobre o amor. Teorias essas que não se aplicavam a si mesmo. Tentava encontrar um motivo para tal erro. Por muito tempo achou que a culpa fosse da sorte. Ou do destino. Chegou à conclusão que o amor era uma grandeza vetorial que provinha de uma fórmula física-matemática-filosófica-geográfica que se resumia em


AMOR = I * T * C * F,

onde I = Intensidade, T = Tempo de convivência, C = confiança e F = constante que varia conforme elementos indeterminados pela natureza humana. Tentou aplicar a fórmula em sua vida e viu que era impossível obter algo maior que zero. Mesmo escondida, intensidade tinha de sobra. Faltava confiança. Newton jamais perdoaria uma falta de confiança. Um elemento zerado, fazia todo aquele amor ocultado um nada. Precisava descobrir o que fazer para libertar essa força existente dentro de si mesmo. Na verdade, já sabia o que fazer. Sempre soube. Talvez tivesse receio. O novo é misterioso para o ser humano. Mas é atraente.

Com o tempo, viu que não poderia mais adiar a criação da confiança. Se não a fizesse agora, talvez nunca mais tivesse essa oportunidade. E teve fé. A fé não estava incluída na fórmula, mas seria impossível obter confiança se não acreditasse no que pensava, se não acreditasse em si mesmo. A confiança foi aumentando cada vez mais tornando possível o cálculo do amor. Simplificando a expressão descobriu então, AMOR = 1. Aconteceu! Estava apaixonado! Finalmente, felizmente, sabiamente, cautelosamente, sinceramente, aconteceu! Era tudo que precisava a vida toda. Teve a melhor sensação já experimentada em toda sua vida. Fazia aquilo de uma maneira tão natural que parecia que fazia desde que nasceu. Não podia discordar. Mandava flores. Escrevia cartas. Recebia flores (quem foi que disse que flores são para mulheres?). Recebia cartas. Ia ao cinema. Fazia tudo que sempre quis fazer e que antes tinha medo da opinião alheia, ou falta de confiança. Havia descoberto do dia pra noite a felicidade. O que sempre havia observado nos outros, agora estava com ele. O amor que procurava encontrar em outra pessoa, estava em si mesmo. Desde então, amou a si mesmo como se o amanhã é incerto. Precisava amar a si mesmo. Precisava saber mostrar o amor, para que pudesse amar. Estava apaixonado. Era um amor sem fim.

Antonio ABJ.

Redigido por:

domingo,
1
de

Resenha | As Duas Faces do Destino | Landulfo Almeida



Título: As Duas Faces do Destino

Autor: Landulfo Almeida

Editora: Novos Talentos

Páginas: 486

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Sinopse
Bruno havia desistido de encontrar um sentido para sua vida quando é recrutado por uma extraordinária mulher, dona de habilidades incomuns, para lutar contra um poderoso inimigo. Kerligan Amnael possui o conhecimento, o dinheiro, a inteligência e a vontade para causar enormes prejuízos à humanidade. Apesar das dúvidas, Bruno resolve seguir seu coração e seus instintos e abraçar o destino ofertado por Adrianna. Exilado de sua antiga vida ele é preparado para uma batalha a ser travada no mundo dos negócios bilionários, das descobertas científicas e médicas de última geração e da espionagem industrial. Incapaz de lidar sozinho com as incertezas da história de Adrianna, que alega pertencer a outro universo, Bruno busca em seus melhores amigos do passado a força necessária. Entre sabotagens e assassinatos, amizades serão testadas, paixões nascerão e um inesperado desafio tornará a cruzada de Bruno ainda mais solitária. Pistas sobre os reais planos de Kerligan e MJ, seu braço direito, revelam uma verdade surpreendente e avassaladora. Próximo ao fim, a coragem e uma descomunal força de vontade serão as principais armas do casal de protagonistas para tentar salvar o futuro do planeta.

Resenha
Em uma palavra: Intenso.

As Duas Faces do Destino conta a trajetória de Bruno, Adrianna, Kerligan e vários outros não menos importantes. Mistura poder, transações milionárias, estratégia de negócios, amizade, amor, intrigas, tecnologia e ficção científica. Falando assim até parece que as coisas não combinam e que há um emaranhado de informações. Mas isso não é verdade.

As Duas Faces do Destino é um livro cheio e complexo. Mas ao mesmo tempo é ágil e coerente. Landulfo consegue tratar de uma série de temas que se complementam para dar todo o plano de fundo para o cerne da estória que é o tema ficção científica. Landulfo trata e se aprofunda bastante na vertente empresarial e financeira das bolsas de valores, me lembrando alguns filmes de ação que é embalado por muito dinheiro e poder. Particularmente gosto muito de ação então me encantei pela estória, embora ache que ele tenha usado muitas páginas para apresentar este contexto, deixando, às vezes, a ficção científica de lado.

As Duas Faces do Destino trata do fim do mundo, ou pelo menos das mudanças drásticas que podem ocorrer com nosso planeta - e que sabemos que, mais cedo ou mais tarde várias transformações realmente ocorrerão - de uma forma inovadora que inteligente. Gostei muito desta perspectiva, ainda que seja algo extremamente controverso. Quem já ouviu falar por aí sobre o "Paradoxo do Avô", saiba que, além de Mecânica Quântica e Teoria das Cordas, o livro trata também do Paradoxo do Avô... Gosta do gênero? O livro é um prato cheio! Não posso contar muito mais do que isso, senão gero spoilers.

Na minha opinião o livro poderia ser dividido em 2 partes. O fato de ter tantos aspectos envolvidos e devido à sua densidade, creio que ele pode se tornar um pouco cansativo para alguns com suas quase 500 páginas. Mas volto a dizer que eu não achei, visto que gosto do gênero. Na verdade, li-o muito rapidamente.

Encontrei alguns erros de pontuação e gramaticais, uma falha na citação de um nome. Também os capítulos começam no meio da página, separado do anterior somente por um breve espaço e o título do capítulo sem muito destaque. Esta diagramação diminui um pouco de páginas, mas dá a sensação de que tudo é um capítulo só. Não gostei muito disso.

Bom, para encerrar não poderia deixar de salientar sobre a reflexão que, direta ou indiretamente, o livro nos apresenta. Isso é fato toda vez que se trata de mudanças drásticas no mundo, mas Landulfo me fez ficar um pouco pensando sobre isso. Como ficaremos após as mudanças? Melhores? Piores? Os mesmos? Não... os mesmos eu duvido muito que ficaremos... ;)

sábado,
30
de

Que coisa!

Oi pessoas! Tudo bem?

Recebi no meu e-mail um texto sobre A (palavra) Coisa esta semana, e eu adorei. Gostaria de compartilhar com vocês,já que A (palavra) Coisa é algo recorrente em minha vida de 'mineira da gema'... Minha mãe sempre falou e fala ainda hoje: Filha, pega pra mim aquela coisa que tá debaixo da coisa pra eu fazer essa coisa aqui? (Oi?)... E o mais bacana é que a gente entende... a gente coisifica tudo separadinho e arrumadinho (diminutivo também é coisa de mineiro). Mas este texto me mostrou que não é só mineiro que coisifica tudo, e o resto que não dá pra coisificar vira 'trem'. Brasil todo coisifica, que lindo isso, gente! Há.

Olha, infelizmente eu não conheço o autor desta 'coisa' linda... Se alguém aí souber, conta pra gente, pra que eu possa dar os devidos créditos e prestar minha reverência! ;)

Que coisa!

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma ideia. Coisas do português.

Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.. 

Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. [Incentivando crianças ao uso de baseado???!!!]

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943."
A Coisa" é título de romance de Stephen King. 
Simone de Beauvoir escreveu "A Força das Coisas", e Michel Foucault, "As Palavras e as Coisas."

Em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".

Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. 
"Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. 

Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa). 
Em 1997, a NASA lançou a "Missão Mars Pathfinder", enviando um robô para explorar Marte. O mecanismo foi programado para ser acionado a partir do som de uma música e a escolhida foi um samba de Jorge Aragão/Almir Guineto/Luis Carlos da Vila. Assim, o robô da Nasa, foi "acordado" com a música: "Ô coisinha tão bonitinha do pai...". Lembram?

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa de cinema! "A Coisa" virou nome de filme de Hollywood, que tinha o "seu Coisa" no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: "Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar", e A Banda, de Chico Buarque: "Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor". Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. 

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade afinal, "são tantas coisinhas miúdas". 
"Todas as Coisas e Eu" é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música "Qualquer Coisa", de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. 
O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. 
Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema "Eu, Etiqueta", Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? 
Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. 
Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: 
"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS".

ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?

Que coisa, não? ;)