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Resenha | A Garota que tinha Medo | Breno Melo


Título: A Garota que tinha Medo

Autor: Breno Melo

Editora: Schoba

Páginas: 248

Skoob

 


Sinopse
Diagnosticada com a síndrome do pânico, tudo o que Marina deseja é encontrar um lugar confortável neste mundo. Numa narrativa em primeira pessoa, detalhada e realista, Marina nos expõe sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, religiosa e familiar. Psiquiatras e psicólogos fazem os papéis de heróis neste livro tão impactante quanto revelador, que tem suas partes de amizade e amor ao próximo. Como não se emocionar com Péqui ou não se apegar ao veterano de guerra que cuida de Marina? A agorafobia é outro tema abordado de maneira tocante nestas memórias. Um drama original, escri- to em linguagem incrivelmente acessível, para quem deseja conhecer a síndrome do pânico, seus possíveis desdobramentos em nossas vidas e aqueles tratamentos mais famosos. Um romance moderníssimo, humano e esclarecedor.


Resenha
Este livro foi gentilmente enviado pela Editora Schoba para resenha, e posso dizer que fiquei muito contente com este 'presente'. Sim, A Garota que tinha Medo é um presente. Esclarecedor e profundo. Me senti ligada a Marina ao longo das páginas. Breno foi mestre ao traduzir a forma como os acontecimentos se desenrolam na vida de uma panicosa.

A Garota que tinha Medo conta a vida de Marina, uma jovem que desenvolve a Síndrome do Pânico e a Agorafobia, este decorrente do outro. O livro é narrado em primeira pessoa e é redigido em um estilo conversante muito gostoso de se ler. É como se Marina estivesse sentada do meu lado num Café, me contando as coisas que aconteceram com ela. 

Em alguns momentos Marina divaga bastante, seja falando de religião, em especial a Católica, seja falando da guerra do Paraguai ou ainda comentando sobre obras e arte. Divaga falando de fé numa hora e de amor noutra. Nestes pontos achei a leitura um pouco arrastada, embora tenha ciência de que estas divagações estavam dentro do contexto.

Breno retrata os sintomas, os questionamentos, as angústias, a vergonha e até as pequenas alegrias que o portador de Síndrome do Pânico vive. O faz de uma forma genial que não deixa dúvidas - então é assim! O livro me fez lembrar de "O Mundo de Sofia" que nos faz entender de Filosofia de uma forma lúdica, ou de "A Viagem de Théo" que é uma aula de Teologia de um jeito romanceado. A Garota que tinha medo nos ensina sobre esta Síndrome assustadora, na forma de um bate-papo leve, descontraído, gostoso. 

Fiquei horrorizada com a minha distração. Nunca o havia visto por ali. Sabia que compartilhávamos o mesmo bairro, mas jamais havia imaginado que pudesse ser o mesmo condomínio.
Eu não era burra, ouviu? Só era distraída.
Fiquei maravilhada com a facilidade em que Breno "se transmuta em Marina" ao redigir esta obra. Quando terminei, li a NOTA no final do livro. Cita que é uma ficção. Que tudo que eu havia acabado de ler era ficção. Veja bem, eu sabia, afinal a protagonista era Marina, uma jovem, e o autor é Breno Melo. Simples de se perceber que não são a mesma pessoa, correto? Não. Errado. Ao terminar de ler e novamente me lembrar que era uma obra de ficção fiquei pasma. "Mas... era tudo tão real!" Impressionante como ao longo da leitura eu tinha certeza de estar lendo uma biografia. O relato da própria Marina. Quando dei por mim de que era uma obra de ficção Breno me ganhou como fã.

A diagramação é bem feita, páginas amareladas, fonte no tamanho ideal e capítulos pequenos. A editora Schoba  é cuidadosa!

P.S. Depois de ler esta obra vejo com olhos ainda mais respeitosos os panicosos que estão por aí, por todos os lados. Olhei também com um carinho ainda mais genuíno o livro "O Pequeno Príncipe" (só entenderá a linda referência quando ler A Garota que tinha Medo). Recomendadíssimo.

10 comentários:

  1. Oi, Nadja, tudo bom, parceira? Estou morrendo de saudade de você, andei meio sumido, mas vou tentar aparecer mais vezes, tá.

    Eu gosto muito de livros com temáticas psicológicas, gosto muito desse tema e até pensei em estudar psicologia.

    Eu fico encantado quando um livro consegue conversar comigo, assim como o Mundo de Sofia, os livros da autora Chevy Steves e alguns outros que eu não lembro... Então acho que a história de Marina é uma leitura indicada para mim.

    Parabéns pela resenha, sempre maravilhosa!!!

    Rogério Queiroz - Uma dose de palavras.
    http://uma-dose-de-palavras.blogspot.com.br/

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    1. Oi parceiro!!!! Faz tempo que a gente não se fala neh? Correria de sempre... mas faz parte. :)

      Este livro é muito indicado para você... Por favor, leia, não vai se arrepender!

      Abraços!!!!

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  2. Amei a resenha, Nadja!
    Fico feliz que o livro tenha conseguido explicar um pouco mais da Síndrome e da vida dos panicosos. A primeira impressão que tive sobre a obra é que muita coisa tida como 'frescura' pode ser algo bem mais sério.
    Já virei fã do blog!
    Grande abraço,

    Luciana

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    Respostas
    1. Ai Luciana quanta honra você por aqui!!!! Muito obrigada mesmo!!! \0/

      Beijos, volte sempre.

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  3. Oi Nadja, tudo bom?
    Peraí, primeiro preciso dizer QUE ESSE LAYOUT ESTÁ MARAVILHOSO!
    Parabéns! Faz tanto tempo que eu não consigo um tempinho para visitar todo mundo que não tinha visto ainda!
    Recebi esse livro também e estou louca para lê-lo, mas preciso colocar outras leituras em dia! Adorei!
    Beijão
    Endless Poem

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    1. Oi Sarinha!!! Obrigada pela visita flor! O Lay ficou uma graça neh? Eu amei de paixão. ^^

      É um bom livro, quando puder, dedique-se a ele. :)

      Beijos

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  4. Resenha muito bem feita Nadja!
    Deu para entender direitinho o que você sentiu nessa leitura, tô até com vontade de ler. Quem sabe ano que vem né? Já está anotado como sugestão.
    bjos
    valmedrado16.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Oi parceira, obrigada! Fico feliz que tenha gostado. ^^

      Se tiver um tempo leia, realmente vale a pena. :)

      Beijos

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  5. a leitura tem sabor de pinga com mel - eu gosto muito desse drinque - e profunda mostra de sensibilidade...creio, sem pestanejar, que dentro do autor, no mais recôndito do seu âmago, as vertentes do conhecimento da alma humana, se colocam especiais... a resenha é, tão, transparente e bem cuidada que o livro se tornou o pivô do assunto...parabéns!

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  6. Fiquei interessadíssima por este livro! Pela sua resenha, pude lembrar-me do livro Para Sempre Alice, que conta os medos e o cotidiano de uma portadora de Alzaemer, recomendo!
    Enfim, adorei conhecer A Garota que tinha Medo!

    Beijinhos! ♥

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