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domingo,
1
de

Promoção TOP Comentarista de Junho!

Olá leitores!!!! Dia primeiro, começo de mês... Bora lá começar mais um TOP comentarista??? ;)

Eu li recentemente o livro O Peão, da Cia. Editora Nacional e adorei! É um livro fantástico. Portanto, vou premiar o TOP comentarista com um volume deste livro. :) Veja aqui a resenha.

As regras são básicas:

- Seguir o blog de forma pública.

- Comentar nesta postagem sobre a sua intenção de participar do TOP Comentarista, com nome de seguidor e e-mail de contato.

- Morar em território nacional.

- Comentar no maior número de postagens possível, lembrando que vou contar somente um comentário por postagem, e os de promoção não valerão. (Mas mesmo assim participe das promoções, tá bom? hehe)

- Comentários consistentes, por favor!! ;)

- Contarei os comentários feitos de hoje até às 23h59 do dia 30 de junho, nas postagens deste mês. O resultado sai até o dia 05 de julho, aqui e nas redes sociais do blog.

- Caso haja empate, farei sorteio pelo random para escolha do ganhador. Você terá até 72 horas para me responder ao e-mail com seus dados para envio. Caso não me retorne a tempo, farei outro sorteio. E eu te enviarei o exemplar em até 30 dias.

Acho que é isso, caso tenha esquecido de alguma coisa, pode me perguntar aqui nos comentários que eu respondo rapidinho!

Obrigada a todos os participantes, e bom mês de Junho para todos nós!!!! ;)

Beijos e boas leituras!
sábado,
31
de

Resenha | Amante Revelado, de J. R. Ward [por Louisiane]

Título: Amante Revelado
Série: Irmandade de Adaga Negra - Livro 4
Autora: J. R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 495
Skoob
Avaliação: 

Butch O'Neal é um lutador por natureza. Ex-policial da divisão de homicídios, durão, ele é o único humano que já foi admitido no círculo da Irmandade da Adaga Negra. E deseja mergulhar ainda mais fundo no mundo dos vampiros, na guerra contra os redutores. Não tem nada a perder. Seu coração pertence a uma vampira, uma beldade aristocrática inatingível para ele. Se não pode ter Marissa, então, pelo menos, quer lutar lado a lado com os Irmãos. O destino o amaldiçoa realizando precisamente o seu desejo. Quando Butch se sacrifica para salvar um vampiro dos assassinos, cai vítima da força mais sinistra dessa guerra. Deixado para morrer, é encontrado por um milagre, e a Irmandade recorre a Marissa para trazê-lo de volta. Mas, mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvá-lo...
Olá pessoal, como estão?

Bom, dando sequência hoje será a vez do  nosso lindo humano detetive Butch O’Neal. Amante Revelado é um pouco diferente pois até agora o que temos visto é um vampiro macho se apaixonando ou por uma vampira ou por uma humana, digo isso em termos de proteção pois machos foram feitos para proteger as fêmeas (não achem estranho eu falar em machos e fêmeas em vez de dizer homens e mulheres porque é assim que eles se chamam quando precisam se comunicar, algo do tipo : “Olá fêmea” em vez de “Olá moça”).

Butch é o detetive amigo de Beth que detestava Wrath se lembram? Pois é, depois de muita discussão ele foi aceito na mansão da Irmandade e entre os Irmãos, eles o apelidaram de tira. No finalzinho do terceiro livro ele têm um encontro com Marissa ( a ex prometida de Wrath). Marissa é uma das vampiras mais lindas e desejadas da aristocracia, com seus cabelos loiros, olhos claros e um perfume que lembra oceano ela arrebata o coração de qualquer um. Acontece que Butch é um cara muito desiludido da vida e quando vê Marissa diz algo que nunca mas nunca se deve dizer a uma mulher. Resultado: ela fica extremamente decepcionada.

Vishous (outro Irmão) e Butch se tornaram muito amigos principalmente porque os dois torcem para o famoso time de baseball Red Sox. Falem mal do time pra ver o que acontece! Ele entra para o mundo dos vampiros depois de ajudar Wrath no resgate de Beth. Apesar de ser humano, lá pelos seus 40 anos, Butch é considerado um homem muito sexy e atraente. 

Na trama por conta da tragédia que houve no terceiro livro, a glymera (os aristocratas) decidem criar uma lei de enclausuramento para as fêmeas que não fossem Shellan, ou seja, não tivessem maridos e como Marissa já não era mais prometida a Wrath ela se encaixa perfeitamente nos padrões. Esta lei obrigaria essas fêmeas a não saírem de casa em hipótese alguma.

Em meio a isto Butch sofre um grave acidente com Ômega, o pai dos Redutores e é imediamente internado. Marissa é a única que pode salvá-lo mas como é uma vampira da aristocracia o reencontro e mesmo a união dos dois está longe de acontecer.

Bom, no começo você tem a nítida impressão que Butch nada mais é do que um mero coadjuvante mas depois ele só mostra essencial na história. Depois de conhecer o mundo dos vampiros e redutores, ele se compromete a ajudar os Irmãos e fica irado ao saber do que a aristocracia fez com Marissa. É claro que vai haver muitas cenas de sexo entre os dois e tals. Todos os livros têm mas deixe-me dizer o que mais me impressionou neste.

Butch por ser um humano é claramente mais fraco do que Marissa, há uma reviravolta na história quanto a isto mas enfim. Naturalmente ele se sentindo mais fraco e mais vulnerável sente ódio de si mesmo por não conseguir protegê-la e ela com toda a maestria do mundo o faz se sentir extamente o oposto disto. No começo pensei em Marissa como uma fêmea muito fraca e indefesa mas ela sabe exatamente como mostrar seu ponto de vista e ser forte, muito forte. Seu irmão, o médico vampiro Havers tenta a todo custo enclausurá-la mas com muita força e coragem ela luta contra isso.

Amante Revelado vai nos revelando mais alguns personagens como Vishous e Phury. Em cada livro, J.R. Ward destrincha mais alguém e sem perder a pose, com as mesmas falas bem construídas e diálogios super interessantes, cenas quentes e finais arrebatadores. O que podemos notar nos livros algumas vezes são erros gramaticais mas isso é da própria editora. 

Uma coisa que eu gostaria que vocês prestassem atenção se forem ler os livros é nas dedicatórias. J.R. Ward escreve uma dedicatória para cada Irmão em cada livro, acho todas elas lindas e perfeitas. E aí fica a pergunta: será que Butch e Marissa ficarão juntos? Será que ela será enclausurada?

Mas como todo final dos livros dela, este não deixa a desejar.

Espero que tenham gostado. Um beijo.


sexta-feira,
30
de

Resenha | Destino Mortal, de Suzanne Brockmann [por Nadja Moreno]

Título: Destino Mortal
Trilogia: Destiny - Livro 1
Autora: Suzanne Brockmann
Editora: Valentina
Páginas: 536
Skoob
Avaliação: 


Expulso de um grupo de elite de forma desonrosa, o ex-Navy SEAL Shane Laughlin está com seus últimos 10 dólares no bolso quando, finalmente, consegue um emprego para participar de um programa de testes no Instituto Obermeyer (IO), uma fundação de pesquisas e desenvolvimento desconhecida do grande público e que trabalha com atividades secretas.Logo, Shane descobre que existem certos indivíduos que têm a habilidade única de conseguir acesso a regiões inexploradas do cérebro, com resultados extraordinários, incluindo telecinesia, força sobre-humana e reversão do processo de envelhecimento. Conhecidos como Maiorais, essas raras figuras são criadas ou recrutadas pelo IO, onde, rigorosamente treinadas com o auxílio de técnicas ancestrais, conseguem cultivar seus poderes e usá-los de forma responsável.No entanto, nas profundezas da segunda Grande Depressão dos Estados Unidos, onde o abismo social entre os que têm muito e os que não têm nada ameaça a ordem de forma definitiva, ricaços imprudentes descobriram uma alternativa sedutora na forma de um novo produto: Destiny. Trata-se de uma droga de fabricação quase artesanal, capaz de transformar qualquer pessoa num Maioral, além de oferecer a atração especial de garantir a juventude eterna para o usuário.O cartel sinistro conhecido como a Organização começou a produzir Destiny em larga escala, e a demanda pela droga se tornou epidêmica. Poucos, porém, sabem do verdadeiro perigo da nova droga, e são ainda em menor número os que detêm o segredo sujo do ingrediente crucial para a fabricação da substância. Michelle “Mac” Mackenzie é uma das poucas que conhecem toda a verdade.

Destino Mortal é o livro mais eletrizante que li nos últimos tempos. É tão rápido e a necessidade de saber o que vem em seguida é tão intensa que faz o leitor ficar vidrado em suas páginas, e lê-las de forma voraz.

Aposto que você já se pegou pensando, alguma ou algumas vezes, sobre como seria se os seres humanos usassem mais do que os aclamados e famosos dez por cento da capacidade mental. Pois bem, este livro traz umas nuances de como seria o mundo, caso tivéssemos a capacidade de maior uso do cérebro, ou melhor, maior capacidade de ‘integração neural’. As capacidades apresentadas são inúmeras, extraordinárias e fantásticas.

Porém Suzanne, a autora, traz uma trama que torna tudo absurdamente real! Os poderes gerados por esta capacidade aumentada de integração neural, suas consequências, as óbvias tentativas de alguns grupos de manipular e controlar tal poder, e até mesmo os problemas sociais de um mundo futurista, absolutamente tudo é tão bem montado e interligado que me fez pensar que, de fato, as coisas poderiam mesmo ser como o que está ali descrito.


Os personagens são bem criados e estruturados, personalidades bem demarcadas e senti asco ao imaginar o que se passava na mente de alguns vilões. Mac e Shane são um caso à parte, adorei os dois e o jeito de lidar com os problemas totalmente controverso de ambos. Só me irritei em várias páginas com Mac, mas penso que sua descrença contínua deve ser mais bem embasada nos próximos volumes. A autora deixou vários fios soltos, na medida certa para a curiosidade de ler logo a sequência, sem deixar este volume sem fechamento.

Um outro ponto forte da trama é a sensualidade. A princípio, mas primeiras cenas mais picantes que me deparei, achei que este elemento iria ‘sobrar’ no meio do enredo. É tudo muito futurista e tecnológico, muita ação e adrenalina. Aí pensei que a sexualidade não iria casar bem. Entretanto foi um engano. Como se trata de evolução extraordinária dos poderes e capacidades humanas, é muito fato que a sexualidade estaria ligado a esta evolução toda. A autora consegue apresentar cenas fortes e bem detalhadas sem ficar vulgar nem fugir do contexto. Mesmo a cena que, para mim foi a mais forte de todas, quando apresenta uma relação homossexual.

Em alguns pontos os poderes destes humanos, chamados de Maiorais, se misturam, se intensificam e fiquei aturdida com a criatividade da autora. Às vezes poderia parecer confuso à primeira vista, mas tudo é contado com agilidade e fluidez fazendo que o entendimento do leitor não sofra dificuldades. A história simplesmente entra em nossa mente, quase que em alusão à capacidade de telepatia dos Maiorais das páginas. Magnífico.

O final é empolgante e em algumas vezes era preciso ‘lembrar de respirar’. Me vi tensionando os músculos e pressionando as páginas do livro mais do que gostaria, envolvida pela adrenalina dos fatos. No final tem um brinde genial da editora. Gostei bastante.

Enfim, é um livro excepcional, indicado para os corações fortes e leitores preparados para viver emoções diversas, mas todas elas intensas.

Em se tratando de diagramação, as folhas brancas e a fonte pequena poderiam ter sido um problema em uma história que não prendesse tanto a atenção, felizmente a qualidade da trama minimizou. Não encontrei erros e a capa é bacana, com textura com sensação de emborrachada. Recomendo cuidado ao manusear, para que não fique marcada por alguma umidade das mãos.

Esta resenha foi redigida por mim para o site Papiro Digital, do qual sou colaboradora. O livro foi cedido pela editora Valentina.


quinta-feira,
29
de

[Arte e Cultura] Entrevista com autor Eduardo Alves Costa [por Rê Souza]

Olá leitores, como vão??

Vocês sabem o quanto o Escrev'Arte preza e valoriza a literatura nacional. Entendemos que vale a pena conhecer e investir nos nossos autores e autoras. Eles, tanto quanto os grandes mestres literários internacionais, possuem uma riqueza incalculável e podem nos levar a viagens inesquecíveis através das páginas de suas obras! Eu posso garantir que isso é fato. Quem acompanha o Escrev'Arte já teve a oportunidade de conhecer muita coisa de extrema qualidade, criados aqui mesmo, debaixo deste mesmo céu. :D

Pensando nesta característica de nosso blog, vamos publicar periodicamente uma entrevista, nesta coluna intitulada Arte e Cultura. Através das entrevistas, queremos levar até você, leitor, um pouco mais sobre um dos artistas das palavras! 

Para começar em grande estilo, entrevistamos Eduardo Alves Costa, autor de Tango, com Violino, lançado no último dia 20, em São Paulo.


A entrevista foi realizada pela nossa resenhista Rê Souza, e o nosso contato com o autor foi através do Parceria6 - Assessoria de Comunicação. Vejam só:

Rê: Como surgiu essa nova ideia, Tango com Violino? A partir de que ponto você decidiu pela obra?
Eduardo: A ideia de escrever o romance " Tango, com Violino" surgiu da circunstância de eu ter completado setenta anos (hoje tenho setenta e oito). Embora não esteja aposentado, pois continuo a escrever e a pintar, imaginei como seria a vida de alguns idosos que, de alguma maneira, estivessem unidos por algum tipo de relação. Embora não se trate de uma obra autobiográfica, há muito nela de vivência pessoal e de observação do cotidiano de São Paulo.

A maioria dos romances sobre a terceira idade aborda a velhice como um drama que envolve sofrimento, decadência, doença, depressão, derrota e morte. Procurei evitar esse lugar comum, embora verdadeiro na maioria dos casos. Meus personagens são saudáveis, vivos, atentos e irônicos, embora saibam que se tornaram "invisíveis" para a sociedade, continuam a viver sua vidinha com muita disposição e bom humor. 
Este, a meu ver, é o segredo da longevidade e da manutenção da saúde, como, aliás, já ensinavam os taoistas há milhares de anos.

Rê: Vimos que além de contista, dramaturgo e artista plástico, você é poeta. Em Tango com Violino, vamos poder apreciar alguma poesia sua?
Eduardo: Embora o título do romance tenha tomado por empréstimo o título de um poema escrito por mim, o poema é apenas mencionado, pois reproduzi-lo enfraqueceria o desfecho da obra. Os leitores mais atentos se darão conta de que o romance foi escrito por um poeta.

Rê: Como foi o processo do livro desde a premissa até a finalização?
Eduardo: As ideias fluíram sem dificuldade. Há escritores que sofrem ao criar. Eu me diverti muito, pois os personagens adquiriram vida própria e eu me surpreendo com situações inesperadas. Há uma certa magia em ser o criador e o espectador da própria obra. 

Rê: Como se sente, vendo sua obra lançada mesmo não sendo a primeira?
Eduardo: É sempre uma nova aventura, emocionante, a expectativa de que o livro siga seu caminho, pois a obra só adquire sentido quando lida.

Rê: Deixe uma mensagem (pode ser poética??) para o Escrev'Arte e seus leitores.
Eduardo: Para os que ficaram curiosos quanto ao poema, de minha autoria, que emprestou seu título ao romance, vou transcrevê-lo aqui:

Solo y triste nesta noite, olho a esmo.
Ergo a alma entre os dedos, 
acendo-a e fumo a mim mesmo.

Se eu tivesse uma agenda de endereços
com loiras, mulatas, morenas, podia
deitá-la fora e curtir
em solidão minhas penas.

Felizmente estou só. Meu último amigo
fundiu-se tanto comigo
que se tornou meu umbigo.
A mulher que eu amava
foi muitas vezes à fonte 
e retornou inteira
quebre-me eu, num salto sem rede
e, à beira do amor, morro de sede.

Pai e mãe já não tenho
apenas filhos.
E esse apenas é tudo
que me faz correr nos trilhos.
Para onde vou não sei. Só sei..
Levam-me o impulso, a inércia,
e já é túnel meu destino.

Para arremate só falta
beber este suco de tomate
e ouvir o que diz o violino.

Rê: Eduardo! Muito obrigada por sua gentileza em nos responder a esta entrevista, o Escrev'Arte estará sempre à sua disposição!

E, para finalizar, conheçam um pouco mais sobre a obra, e a biografia de Eduardo Alves Costa:

Quatro décadas após lançar o elogiado romance Chongas, Eduardo Alves da Costa retorna ao gênero em Tango, com violino

Conhecido por seus contos e poemas, o escritor trata em seu novo livro sobre um tema que o acompanha: a velhice.  Na obra, o estoicismo e a lucidez são o caminho escolhido contra a depressão do envelhecimento

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.




Esses são os versos mais famosos do poema “No caminho, com Maiakóvski”, do brasileiro Eduardo Alves da Costa, cuja autoria costuma ser erroneamente atribuída ao poeta russo.  Recentemente, um post no Facebook da Revista Bula tratava de desfazer o equívoco de sua autoria para os jovens leitores do século XXI.

Poeta (figura na antologia Os cem melhores poetas brasileiros do século), dramaturgo, contista e artista plástico com obras expostas na França e na Alemanha, Eduardo Alves da Costa volta à cena literária com a publicação de seu novo romance. Com o título emprestado de outro de seus poemas (publicado na antologia Salamargo), Tango, com violino descreve o dia a dia de Abeliano, um professor de história da arte aposentado que vive em um pequeno hotel localizado em um bairro decadente da cidade de São Paulo e envelheceu “ex abrupto, no momento em que se deu conta de que poderia viajar gratuitamente nos ônibus municipais”.

Abeliano desenvolve então o hábito de pegar ônibus ao acaso, sem saber para onde eles vão, e, ao fazê-lo, vai transformando a banalidade cotidiana em uma aventura que atribui importância a cada contato humano, a cada paisagem urbana –todos de passagem, inconsequentes, ligeiros. Alimentando-se do ver, do ouvir e das próprias elucubrações sobre o passado e o que ocorre ao redor, em todo ônibus que entra Abeliano vive um universo possível, um universo fugaz, que se desfaz a cada fim de viagem para ressurgir na próxima.

A maioria das obras que abordam a velhice enfatiza a doença, a depressão, a decadência, a derrota, mas Eduardo Alves da Costa preferiu o caminho do estoicismo, daqueles que não se entregam, que procuram manter a lucidez, substituindo a depressão pelo distanciamento irônico em relação ao mundo, à sociedade – e sobretudo a si mesmos. O romance não é uma narrativa orgânica, definida, clara, consequente, acabada. É antes um moto-perpétuo, um Bolero de Ravel cujo tema recorrente se acresce aos poucos de novos significados aparentemente insignificantes, de reiterações cujo resultado será, em última instância, a velhice irremediável, a morte, o esquecimento, ou, se assim preferir o leitor, o salto para a transcendência, para a manifestação do ser.

Os fatos se sucedem numa repetição que, aparentemente, não leva a parte alguma, o que reforça a situação dos personagens, suspensos numa outra realidade, na qual se tornam invisíveis, inexistentes, excluídos, uma espécie de limbo, pequeno universo mantido pela inteligência, pelo humor, pelo atrevimento de não só permanecerem vivos, mas agudamente lúcidos.

Dados técnicos:
ISBN: 978-85-64406-92-6
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 352
Preço: R$ 42,00
Acabamento: brochura P&B
Edição: 1ª, 2014


Sobre o autor
Eduardo Alves da Costa nasceu em Niterói e veio para São Paulo com seus pais, aos dois meses de idade. Graduou-se no curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1952. Organizou, em 1960, no Teatro de Arena, em São Paulo, uma das mais instigantes atividades culturais do período, as Noites de Poesia, em que eram divulgadas as obras de jovens poetas. Participou do movimento Os Novíssimos, da Massao Ohno, em 1962.
Autor de inúmeras peças de teatro e contos reunidos em diversas antologias, publicou seu primeiro, e até então único, romance em 1974, Chongas.  O livro traz prefácio elogioso de Antônio Houaiss, que afirmou que o romance é dotado “uma escrita diabalmente aliciante."
Eduardo Alves da Costa é também artista plástico. Suas obras já foram expostas na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Galerie Dina Vierny, em Paris, na Galerie Kühn, em Berlim, e na Plusgalleries, em Antuérpia. Ele vive há sete anos na Vila dos Pescadores de Picinguaba, com Antonieta, sua mulher.

Sobre o Tordesilhas

Revisitando os clássicos com criatividade, lançando autores consagrados de tradições literárias pouco ou nada conhecidas por aqui, buscando novos talentos, disponibilizando literatura de entretenimento sem perder de vista a qualidade, o TORDESILHAS oferece um catálogo nada convencional e persegue o apuro na produção de seus livros, aparatando as edições, fixando textos com rigor, convidando especialistas e tradutores renomados. Seu compromisso é com a sensibilidade curiosa e investigativa.
quarta-feira,
28
de

Autora Parceira | Bruna Coelho Harmel

Olá leitores, como estão??

Eu estou bem, tentando me adaptar a este clima doido de transição. Em minha cidade, anos atrás nesta época, já estaríamos saindo de casa de luvas, touca, duas meias, sobretudo e cachecol... Porém o clima está esquentando muito. Nem sei se vou viver o clima europeu de novo por aqui viu. Mas estes altos e baixos de temperatura acabam com a resistência, eca!

Mas não foi para falar de clima que este post se destina!!!! É para apresentar a mais nova Autora Parceira que veio trazer ainda mais carisma para a Família Escrev'Arte!

Bruna Harmel, além de linda, é mega simpática e fofa. Trocamos alguns e-mails e logo fechamos os detalhes desta parceria. Conheça um pouquinho dela:



Bruna Harmel, uma garota de 19 anos que reside em uma cidadezinha praiana no litoral de Santa Catarina, atualmente cursa nutrição. Escreve profissionalmente desde os 14 anos, quando começou a escrever seu primeiro livro "Nosso segredo", onde terminou e publicou dois anos depois. Atualmente possui dois outros livros em andamento, que escreve com a ajuda e opinião de fãs e parceiros, sendo esses: "Prisioneira do próprio destino" e"Straguerk".

Sua obra: Nosso Segredo

Gabriela sempre se achou um pouco diferente dos outros, mas levava sua vida normal com duas amigas e um amigo gay, adorava vôlei, piano e os Greave's uma banda de rock. Então depois de conhecer seu grande ídolo e descobrir que seus pais, são na verdade espiões, tudo acabou em uma reviravolta, que mudou drasticamente sua vida, e entre mistérios ainda não solucionados e segredos muito bem guardados,ela vai ver sua vida se transformar , mas não esqueça, não conte pra ninguém , afinal, é o Nosso segredo.

Curiosos??? Eu estou, e a resenha vai sair logo logo aqui!!! Aguardem!!!

Entre em contato com Bruna nas redes sociais:



Bruna, seja muito bem vinda ao Escrev'Arte!!! Sinta-se em casa! ;)

terça-feira,
27
de

Resenha | A Corte Infiltrada, de Andrea Nunes [por Rê Souza]

Título: A Corte Infiltrada
Autora: Andrea Nunes
Editora: Carpe Diem
Páginas: 222
Avaliação: 
O que você faria se descobrisse que não é mais dono dos seus pensamentos? Enquanto o Supremo Tribunal Federal está negociando um contrato milionário para instalar um moderno sistema de telecomunicações que facilita o diálogo seguro entre seus ministros e a transmissão de notícias para o mundo , um certo laboratório de pesquisas avançadas em neurociências, consegue, com um experimento científico, devassar a última barreira da nossa individualidade: a mente humana. O Mestre budista Nobu Kentaro sabe que esse é um segredo de consequências imprevisíveis que não poderia cair em mãos erradas. Mas quando está prestes a falar a verdade e impedir que esse terrível invento seja utilizado para implodir o sistema judicial brasileiro, ele é assassinado. A única pista que deixou foi um gesto misterioso feito na hora de sua morte. Para desvendar o que está por trás desse assassinato , o jornalista investigativo Edgar Trigueiro, e a noviça Taís Fonseca, monja aprendiz residente de um mosteiro zen budista, precisam somar os conhecimentos que detêm sobre os segredos milenares do Oriente e as corrompidas estruturas de poder em Brasília. Para vencer a inteligência diabólica que está por trás de tudo isso, eles terão de ser capazes de sobreviver aos perigos que lhes esperam e decifrar enigmas cujas respostas podem estar inclusive onde menos esperam: dentro de suas próprias mentes. Utilizando elementos de ficção científica baseados em descobertas acadêmicas recentes e surpreendentes no campo da neurologia, o novo romance de Andrea Nunes mescla um suspense de tirar o fôlego com fatos reais da cena política e bastidores da Justiça brasileira, revelando uma desconcertante promiscuidade entre o Crime Organizado e o Poder em Brasília

Em meio ao crime organizado, um projeto assustador e fatos reais, Andrea Nunes nos apresenta um romance policial fascinante, investigativo, inteligente e científico.

A narrativa se desenvolve quando o monge Nabu Kentaro, do Mosteiro Zen Budista que administra cursos de meditação para pacientes do Instituto de Neurociências, é assassinado em Brasília quando tenta impedir um terrível erro. Edgar, jornalista investigativo, parte para a cidade de Aldeia, onde fica o mosteiro, para decifrar qual ligação existe entre o Supremo Tribunal Federal, o mestre budista assassinado, uma empresa desconhecida de telecomunicações e o Instituto de Neurociências.

Quando Edgar chega ao mosteiro para  participar do  curso de meditação que é ministrado pela noviça Taís, a fim de investigar os acontecimentos. Os dois unem forças para desvendar o assassinato do monge estudando provas que Edgar conseguiu antes da polícia, fotografando a cena do crime e de uma curiosa e enigmática pista  deixada pelo monge no momento de sua morte.

Com a convivência de ambos, Edgar começa a despertar em Taís sentimentos que a levam a questionar sua verdadeira vocação, e assim começa um belo romance em meio à acontecimentos cada vez mais perigosos colocando ambos em risco conforme avançam e começam a fazer ligações cada vez mais comprometedoras.

Edgar e Taís descobrem que um experimento importante na área de neurologia que poderia servir de grande ajuda à pacientes com transtornos mentais - mas que apresenta uma falha grave no projeto - pode ser usado para dominar a mente das pessoas e está quase caindo em mãos erradas. Os dois correm contra o tempo para descobrir o culpado antes que a corte do Supremo Tribunal Federal seja infiltrada  por facções criminosas e a mente dos ministros manipuladas.

A autora escreve de maneira tão harmoniosa e usa elementos que se interligam tão perfeitamente que a leitura é fluída e interessante, abordando sutilmente fatos que podemos vivenciar no dia a dia e que nem sempre são lícitos.

Outro ponto interessante que a autora abordou na narrativa,  foi a cultura Oriental, que ajudou a dar um ar mais envolvente na trama.

A cada página uma explosiva surpresa que nos instiga o tempo todo não nos deixando dar, sequer, uma pausa na leitura.

Personagens são  bem construídos dentro de uma trama intrigante e enigmática.

Dentro da complexidade da narrativa a autora não deixa nenhuma ponta solta, tudo se encaixa de maneira perfeita.

A capa é linda e misteriosa, combina perfeitamente com o contexto da obra. As páginas são amareladas, contribuindo muito para uma boa leitura.

Impactante. Inteligente. Revelador. Recomendo!!


segunda-feira,
26
de

Resenha | A Garota Silenciosa, de Tess Gerritsen [por Nadja Moreno]

Título: A Garota Silenciosa
Série: Rizzoli & Isles Vol. 9
Autora: Tess Gerritsen
Editora: Record
Páginas: 368
Skoob
Avaliação: 

Uma mão ensanguentada é descoberta em um beco na Chinatown de Boston. Agora a detetive Jane Rizzoli, sua equipe e a patologista Maura Isles precisam localizar o restante do corpo – e identificar o cruel assassino. Mas a investigação toma rumos inesperados quando dois pelos de origem não identificada são encontrados junto ao cadáver. A dupla Rizzoli e Isles se vê diante de um novo desafio e alguém — ou algo — põe em xeque tudo em que acreditam.

Instigante e curioso. Esta é a minha definição para A Garota Silenciosa. Ainda não conhecia a autora, mas já tinha lido muita coisa positiva sobre ela, e entendi os porquês através desta leitura. Tess escreve com uma maturidade enorme, fazendo com que o leitor se infiltre na trama e a vivencie. Tudo se torna absolutamente plausível, sério, bem descrito. Real. Mesmo que tenhamos vislumbres de lendas chinesas durante a leitura, o contexto e a ambientação chega a nos enganar e acreditamos no improvável.

Uma tragédia do passado, uma chacina seguida de suicídio é o pano de fundo que junta todos os elementos que envolvem este trama policial. Investigação daquelas que não nos deixa soltar o livro. Suspeitos e vítimas surgem de todos os lados e trocam de papel a cada página. A história me fez desconfiar de todos e acreditar em todos de forma simultânea. Há um 'quê' de suspense e mistério que envolve tudo e que deixa a história ainda mais instigante.

Os personagens são bem criados, a maioria com personalidade bastante forte. A detetive Rizzoli e a patologista Isles são as personagens que acompanham a autora ao longo da série Rizzoli e Isles, agora composta por nove livros. Não há necessidade de ler os demais ou na sequência para entender este. Cada livro é uma investigação e uma história diferente. Desta forma não nos é apresentado neste livro os detalhes destas personagens, porém ao longo da história conseguimos entender quem são, onde vivem e o que fazem além da carreira. Assim como a história, os personagens são muito reais. Acredito que em outros livros da série, os detalhes dos demais personagens que as acompanham devem ser mais específicos. 

O desdobramento de tudo é muito bem feito, sem fios soltos e nem um pouco forçado. Tudo se encaixa muito bem e o quebra-cabeças vai sendo montado e a verdade surge aos poucos. Há pouca atenção ao romance, embora exista. Não é este o foco e, em minha opinião, não fez a menor falta.

Em suma, é um livro excelente, inteligente e perspicaz. Leitura obrigatória!

Este livro foi cedido pela editora para esta resenha.


sábado,
24
de

Resenha | Amante Desperto, de J. R. Ward [por Louisiane]

Título: Amante Desperto
Série: Irmandade da Adaga Negra - Livro 3
Autora: J. R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 464
Avaliação: 

Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Dentre eles, Zsadist é o membro mais assustador da Irmandade da Adaga Negra. Tendo sido por muito tempo um escravo de sangue, Zsadist ainda carrega as cicatrizes de um passado repleto de sofrimento e humilhação. Conhecido por uma fúria que não acaba e por atos sinistros, ele é um selvagem, temido igualmente por humanos e vampiros. A raiva é sua única companheira e o terror, sua única paixão... Até que resgata uma bela vampira das garras da maligna Sociedade Redutora. Bella sente-se imediatamente enfeitiçada pela ardente força que emana de Zsadist. Entretanto, mesmo quando o desejo de ambos começa a consumi-los, a sede de vingança de Zsadist contra os torturadores de Bella o leva à beira da loucura. Agora, Bella deve ajudar seu amante a superar as feridas de seu atormentado passado e vislumbrar um futuro ao lado dela...
Olá pessoal.

No terceiro livro da Irmandade da Adaga Negra conheceremos um pouco mais sobre Zsadist. Segundo a sinopse do livro ele é o Irmão mais sinistro e descontrolado mas dá pra entender porque. Zsadist foi escravo de sangue e escravo sexual também. Foi raptado logo quando nasceu e foi resgatado pelo irmão gêmeo Phury quase 100 anos depois. Pelo tipo de sofrimento de que ele passava dá pra imaginar sua personalidade, arrogante, irado, intimidador e muito, muito antissocial. 

Bella por sua vez é uma vampira linda (aliás todos eles são). Irmã do Reverendo (outro personagem ao qual darei ênfase mais para frente), é protegida e vem de uma família rica. Zsadist é o mais solitário dos Irmãos, muitas vezes age na selvageria e é consumido por um ódio violento. O primeiro encontro dos dois é devastador, Bella se sente intimidada mas atraída e Zsadist por sua vez não demonstra nada, apenas indiferença. Bella não consegue esquecê-lo e ele a evita a todo custo.

No decorrer de alguns dias, Bella é surpreendida pela Sociedade Redutora mais precisamente por um Redutor chamado David. David vê uma semelhança incrível entre sua ex namorada (que ele assassinou) e Bella e resolve fazer dela sua “esposa”. David a tortura, marca  seu abdômem a ferro com seu nome, mas a Sociedade Redutora não sabia deste sequestro. Era algo particular.

Pessoal deixem-me abrir espaço para algumas explicações: nos livros há sempre um padrão onde conta-se a história de um casal da série e acontece o desenrolar da história. Talvez fique maçante eu contar várias coisas sem dizer sobre a construção da narrativa. Como já disse a J. R. Ward escreveu uma história maravilhosa mas como ela é pouco conhecida preciso contar algumas coisas pois assim consigo ganhar atenção de vocês mas prometo que não são spoilers, tudo o que eu digo está na sinopse. Como a série é extensa ela amuderece sim e muito mas basicamente escreve do mesmo jeito gostoso e dinâmico de sempre. O que me agrada é o jeito de cada personagem, suas interações e como ela os insere na história.

Voltando, ao saber que Bella foi sequestrada Zsadist fica desesperado e até então seus sentimentos de indiferença são transformados por obsessão. É reunida uma força tarefa para a busca, os Irmãos e o Reverendo, irmão de Bella.
Bom, daqui não dá pra falar mais nada mas tenho que dizer o que eu achei não é. Que livro mais perfeito! Do escravo de sangue sofrido, sem piedade, irado e totalmente insano Zsadist simplesmente se transforma no mais perfeito cavalheiro. É claro que marcas do passado como esta jamais se apagarão mas é impressionante como o fato de termos alguém que confiamos e amamos ajuda a mudar as coisas. Zsadist como todo Irmão é possessivo com sua Shellan mas sabe como a tratar bem (depois de um longo tempo da narrativa haha). Só posso dizer que esta é uma das histórias mais emocionantes da Irmandade. Vai te arrancar choros e suspiros. Não me deixando esquecer no meio da narrativa é contado o resgate de Zsadist e por isso você entende que não deve julgá-lo assim logo de cara quando vê seu temperamento e no final temos uma tragédia, algo que vai abalar os pilares da mansão da Irmandade.

Não sei se já comentei aqui mas se comentei vale repetir. Gosto da Irmandade não só pelos Irmãos mas pela personalidade de cada um, porque todos são problemáticos e não esses principezinhos que estamos acostumados. Também porque os problemas cotidianos são muito realistas e nos permitem muitas vezes (apesar de ser uma série sobre vampiros) nos identificar com eles e com a história.

É isso, espero que tenham gostado. Um beijo!


sexta-feira,
23
de

Resenha | O Peão, de Steven James [por Nadja Moreno]

Título: O Peão - Patrick Bowers Livro 1
Autor: Steven James
Editora: Cia. Editora Nacional
Páginas: 416
Skoob
Avaliação: 

As aventuras de Patrick Bowers ao longo de cinco livros nos levam por um mundo de violência psicopata. Com uma inteligência acima da média, o agente especial do FBI chega, nessa série, ao limite de suas capacidades, enfrentando criminosos cada vez mais habilidosos. Trazido da Carolina do Norte para ajudar no caso de um serial killer, o agente especial do FBI Patrick Bowers se vê no meio de um jogo de gato e rato. Astuto e letal, o assassino está sempre um passo à frente da lei e está prestes a marcar mais um ponto novamente. Bowers vai ter que usar todos os seus instintos, habilidades e suas modernas e controversas técnicas de criminologia ambiental para deter o homem que se autodenomina o Ilusionista.


Comecei a leitura sob a expectativa de um thriller policial, com um serial killer, seus assassinatos com assinatura e um investigador. O clássico do gênero, que eu particularmente gosto muito. Porém o autor me surpreendeu, trazendo para o enredo vários elementos que complementaram o tradicional do gênero, tornando-o único, ágil e interessante.

O Ilusionsita é o serial killer, que tem - como o próprio nome indica - capacidades que em geral não vemos nos serial killers que nos são apresentados. Isso, aliado à sua extraordinária inteligência, torna-o um assassino difícil de ser lido, interpretado e, consequentemente, encontrado.

O investigador é Patrick Bowers, viúvo, cuidador de sua enteada adolescente e muito perspicaz. A apresentação dos personagens e de suas características físicas e psicológicas são muito bem feitas, facilitando a identificação do leitor. Me fez simpatizar logo de cara com alguns, e antipatizar com outros. Nenhum passa desapercebido.

A trama em si é complexa. Inicialmente, quando novos elementos foram agregados aos assassinatos e investigações, pensei que iria ser uma miscelânea não muito feliz. Porém o autor consegue juntar tudo muito bem, sem deixar que nada soe bizarro ou forçado.

Assassinatos acontecidos há três décadas, política e politicagem, seitas religiosas e fanatismo, inteligência, traumas e relacionamentos tortuosos. Tudo isso se junta nas páginas de O Peão e exige que o leitor se mantenha preso às páginas.

A diagramação faz jus à obra. Capítulos pequenos, alguns chegam a ter meia página, e quando são maiores, são divididos em cenas. Esta formatação agiliza muito a leitura e facilita o entendimento. Nota dez! Falando sobre isso, os acontecimentos mais 'rápidos' e eletrizantes são marcados por pequenas cenas de um e outro fato, acontecendo em conjunto. Não há como negar, o 'vai-e-vem' rápido entre os fatos faz o coração acelerar e a ansiedade do leitor vai às alturas. Perfeito para o gênero!

A capa é condizente com o conteúdo, mesmo não sendo extremamente bonita. Encontrei pequenos erros que não atrapalham a leitura. As páginas são amareladas, fonte e margens no ideal.

O detetive Patrick Bowers está presente em cinco volumes nesta série. Os quatro primeiros já foram publicados pela Cia. Editora Nacional. Os próximos que você poderá ver a resenha aqui pelo Papiro Digital são:

A Torre
O Cavalo
O Bispo

Em suma, recomendo definitivamente a obra. Excelente leitura!

Esta resenha foi redigida por mim para o Site Papiro Digital, do qual sou colaboradora. O livro foi cedido pela Editora.

quinta-feira,
22
de

[Coluna] Pelo Avesso - Desritmado [por Antonio Abj]

Desritmado

Dentre outras coisas, não tenho nada a dizer. Pode parecer estranho, mas essa é a realidade. E a realidade às vezes é mais estranha que parece. No mais, me encontro com uma vontade imensa de fazer algo que não consigo identificar. Essa ansiedade por esse algo desconhecido corrói e num simplicíssimo segundo o coração acelera os batimentos aumentam o calor aumenta e dias anos meses décadas e séculos se passam mas os ponteiros do relógio parecem criaturas friorentas que não se movem para manter a temperatura o mais agradável possível.


É impossível controlar essa reação que me deixa com respiração ofegante. E tudo se acelera ainda mais quando começo a pensar em coisas que estão próximas a acontecer e que poderiam ser o motivo de todo esse sufoco. Durante esse tempo tudo parece fazer sentido mas o ritmo acelera ainda mais. A sensação é a de estar acorrentado em uma cadeira dentro de um elevador caindo por falhas de segurança com olhos vendados e o pior de tudo no vácuo onde o som não se propaga e ninguém poderia me ouvir. Talvez seja difícil entender, mas há coisas que acalmam. Mesmo que você passe quase uma vida inteira, em algum momento você descobre o que pode te tranquilizar e deixar de lado o desconforto(?) causado por esse incrível efeito do pensamento apressado.

Descobrir a tranquilidade porém ainda não é a solução. Se você já sabe o que te acalma, basta que você não se deixe iniciar a sensação fazendo as atividades que te deixam mais zen. Não é mesmo? Não. Você precisa dessa sensação pra descobrir o que é o desconforto. Não há tranquilidade sem nervosismo. A ansiedade é um mal necessário. Só precisamos saber para que. 

                                                                                                                 Redigido por

quarta-feira,
21
de

Promoção #21 | Um presente do Blog Entre Resenhas... Rê Souza

Olá leitores do Escrev'Arte!!!


Vamos a mais uma promoção?? Esta é em parceria com o blog Entre Resenhas... Rê Souza (o blog da minha querida, amada e idolatrada resenhista! hahahaha), e com a autora Raquel Lisboa, parceira dos nossos blogs. Aqui no Escrev'Arte tem a resenha do seu livro, Mulher de Honra, que você pode conferir clicando aqui.


Para concorrer é muito simples:

- Preencha os campos obrigatórios do formulário, realizando o que é exigido lá.
- Se quiser ter mais chances, vá preenchendo as regras adicionais. Quanto mais regras preenchidas, maiores suas chances.
- O livro será enviado pelo blog Entre Resenhas em até 45 dias após a conformação de dados por parte do ganhador, e não se responsabiliza por extravios ou atrasos dos Correios.
- Somente será enviado o prêmio para endereço no Brasil.
- Comente nesta postagem com seus dados de contato, para te avisarmos, caso seja o ganhador, ok?

Formulário:


Participe, e boa sorte!!!!!
terça-feira,
20
de

TAG - Qual o Livro???

Olá pessoal querido, tudo bem???


Eu fui tagueada! Fazia um bom tempo que não era chamada a responder uma TAG, e por coincidência dois blogs me marcaram nestes dias. Vamos à primeira, e ainda nesta semana respondo a segunda! :)

Quem me tagueou foi a querida Renata D'Eça Almeida, do site Epígrafe (se você não o conhece ainda, vai lá, é lindo, perfeito, muito bem feito!!! haha)


Esta TAG mega bacana consiste em pegar um livro aleatório de sua estante, de olhos fechados. Em seguida deve responder 10 perguntas relativas ao livro que pegou e indicar 10 outros blogs.

Imitando a Renata, vou dar um kit de marcadores para quem acertar primeiro que livro é este! Só vale para a primeira resposta certa! ;)

Para que eu não me traísse (eu olho todo santo dia minha estante então seria difícil pegar um sem o mínimo de influência), pedi para meu marido pegar um. Então vamos a ele:

1. Quantas páginas tem o livro?
448

2. Qual a cor predominante na capa?
Amarelo escuro, meio alaranjado, sabe? rsrs

3. Qual a Editora?
Intrínseca

4. Qual o gênero?
Thriller Policial

5. Faz parte de uma trilogia/saga?
Não, mas o personagem central faz parte de outros livros do autor...

6. É autor ou autora?
Já entreguei na resposta anterior... é autor. :)

7. É de autor(a) brasileiro(a)?
Não.

8. É um livro muito conhecido?
Olha, pelos seus números no skoob é sim, bastante conhecido.

9. É um best-seller?
Em algumas propagandas dele, diz que sim, é um best-seller internacional.

10. Tem adaptação cinematográfica?
Não.

Não vou marcar nenhum blog, mas se você resolver responder, por favor, me avise para eu ir ver ok???

É isso, pessoal... difícil? Não sei... eu tenho impressão que sim. Mas vamos lá, dê seus palpites e concorra a alguns marcadores! :D

Beijos e boas leituras, sempre!!!!!
segunda-feira,
19
de

Resenha | Quero ser Seu, de Bella Andre [por Rê Souza]

Título: Quero ser Seu - Os Sullivans - Livro 6
Autora: Bella Andre
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Avaliação: 

Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser...O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso?Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma... Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida).Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?
Nada melhor do que passar um dia todo suspirando em companhia de um bom livro, repleto de paixão, amor e sensualidade!!

Já havia lido algo da autora dessa mesma saga, e gostei muito, esse eu comprei na Feira do Livro na minha cidade dias atrás.

Quero Seu Seu, além de ser uma leitura Hot, tem muito romance e paixão ao longo da leitura.

O reencontro de Vicki e Ryan os impulsiona a viver o que há tempos esconderam por medo de perder a amizade que ambos haviam cultivado tão fortemente.

As cenas hot fazem o coração bater mais rápido e a imaginação decolar e em nenhum momento se torna uma leitura vulgar, pois a autora dosou muito bem, desejo, paixão e amor, fazendo da leitura algo gostoso e intenso.

Mesmo com essas cenas quentíssimas, não há necessidade de ler a portas fechadas e sozinha, pois como tem muito romance  que envolvem as cenas, acaba sendo algo normal e que em nenhum momento constrange. 

Não é o tipo de leitura crua que expressa somente a luxúria, é algo mais que isso.

Narrativa rápida, e muito intensa, nos envolve o tempo todo na história, li em um dia.

Quente e Romântico.


domingo,
18
de

Resenha | Lilliah Blü e a Ordem dos Macabros, de Flávio P. Oliveira [por Nadja Moreno]

Título: Lilliah Blü e a Ordem dos Macabros
Autor: Flávio P. Oliveira
Editora: Independente
Páginas: 280
Skoob
Avaliação: 

Quando se livram da inevitável morte, os bons comemoram, e os maus se revigoram. Sociedades secretas, ordens e grupos renovados surgem como enxames, do nada, querendo o poder central. Para sorte de Aahtoria, Lilliah Blü descobrirá novos aliados, novos escolhidos, e com a inesperada ajuda de um menino, enfrentará um novo (e terrível) desafio. Eu sei, eu sei. Todos pensam que houve festa e celebração. Sim, sim. Também um baile em homenagem a Higuuh, o deus da vida. Novas paixões, novos sorrisos e gargalhadas; e uma barba branca limpa, e eleições, e macabros, e sugadores de energia, e pesadelos… E um jovem ciinganee capaz de restaurar a vida.
Mais uma vez o autor surpreende pela facilidade em demonstrar as sensações e os sentimentos e os pensamentos da protagonista, Lilliah Blü, que é quem conta a história toda - o livro é narrado em primeira pessoa... Agora ela já não é mais tão criança, já tem as mudanças e 'chatices' da adolescência e os neurônios estão, pode-se dizer, em polvorosa.

Lilliah é a celebridade no começo da história, devido aos acontecimento no final do livro um. O mundo não acabou e agora são só comemorações! Só comemorações? Bom, não é bem assim. Muita coisa acontece novamente, só para dizer que a solução de um grande problema é tão somente a abertura para que outros grandes e sérios problemas possam aparecer.

Flávio mantem sua escrita única e um tanto quanto poética. Durante a leitura entendi claramente o que há de diferente em sua maneira de escrever. Não sei você, mas eu adoro ficção científica e não raro, ao ler ou assistir filmes do gênero, me pego imaginando como seria ouvir os pensamentos de alguém. Deve ser algo meio doido, porque sempre pensamos muito rápido e em mais de uma coisa ao mesmo tempo, e perguntamos e respondemos as perguntas e imaginamos loucuras enquanto verbalizamos de forma filtrada, para que não nos achem loucos ou não descubram o que de fato se passa pela nossa mente. Pois bem, a escrita do Flávio me dá a sensação de estar ouvindo os pensamentos de Lilliah. Não estou lendo-a, ela não está narrando os fatos... ela está vendo e pensando sobre tudo e é isso que estamos vendo ao longo da leitura. Magnífico.

Como disse, Lilliah agora é uma adolescente e como tal, se apaixona facilmente! Costas torneadas a deixam sem ar! hahaha, bem diferente da menina tímida e do romance quase inexistente de tão sutil do primeiro livro. Bacana esta transição de personalidade. Tenho a impressão de que no terceiro ela virá com um coque nos cabelos e vestirá um tailleur!

Os personagens fantásticos continuam povoando as páginas e me encanto por Pingo. Tenho vontade de ter um, viu... iria ser muito legal! Na resenha anterior eu falo que senti falta da mãe de Lilliah, e agora Lilliah também a cita, comenta sobre a mãe e me deu uma pontada de esperança que há alguma coisa bem bacana envolvendo-a no terceiro volume (que está em processo de criação! que bom!!). E o grande amor de Lilliah (ou não), o "meu loiro", como Lilliah diz está... bom, acho que você vai ter de ler para saber dele.

A aventura cheia de luzes, poderes, lutas e embates acontecem do meio do livro para frente, mais ou menos. Mas a primeira parte também é interessante, mesmo que mais lento. Dá para sentir uma progressão nos acontecimentos e consequentemente na leitura. Em alguns pontos nas últimas páginas eu voltava um ou outro parágrafo. Não por não ter entendido, mas por ter lido rápido demais, na ânsia de saber o que vinha depois e ficava pensando que tinha perdido alguma coisa. Pessoas ansiosas como eu sofrem nesses livros que prendem o nosso foco na página seguinte e não na atual. ;)

Ponto forte da trama: bem e mal se contrapõem. Mas também se complementam. Nem tudo é todo mal, ou todo bem. No fim, é a mescla que faz a vida e as coisas acontecerem. E, por favor, nunca tome decisões precipitadas baseando-se somente naquilo que você sabe. Cada ponto de vista é a vista de um ponto, como alguém já disse, e Lilliah me ensinou que nem sempre o que é claro e transparente como a verdade, é a verdade toda e plena. ;)

E, é claro, recomendo a leitura. Viaje por Aahtoria e pelos pensamentos de Lilliah. Não vai se arrepender.

Clique AQUI e leia a resenha do primeiro livro.

O Ebook desta obra foi gentilmente cedido pelo autor, parceiro deste blog, para esta resenha.

[Novidades Literárias] Livros indicados da Editora Schoba

Olá leitores, tudo bem com vocês?

Acho que vocês sempre tem visto aqui alguma postagem de resenha da Editora Schoba. Tenho um contato muito bacana com a Editora, e eles sempre tem uns livros que chamam muito a atenção. A diagramação é impecável, e as capas lindas... São livros que valem muito a pena conhecer. Então hoje vim mostrar algumas capas para vocês. 

Se clicar na capa, você poderá saber mais sobre o livro... ;)

                
               

Os já resenhados aqui no Escrev'Arte (clique no título para ler a resenha):


É isso pessoal, saiba mais sobre a editora seguindo o seu perfil no face - Editora Schoba.

Beijos e boas leituras, sempre!!!