Autor: Marcos Bulzara
Editora: Life Editora
Páginas: 470
Avaliação: 5+
Skoob
Sinopse:
Conheça a impressionante história de Doran Visich. Ele sobreviveu milagrosamente aos campos de concentração nazistas e transformou-se no gênio por trás da maior criação da indústria farmacêutica mundial: uma droga capaz de apagar a memória humana. Mesmo depois de vencer inúmeras barreiras, ganhar milhões e conquistar posição de destaque no mundo da ciência, ainda existe uma culpa que o prende ao passado e o impede de ser feliz. Até o dia em que ele finalmente conhece a verdade que buscou por mais de cem anos! O Arquiteto do Esquecimento revela uma trama visceral e emocionante. Você será arrebatado numa história de ódio e perdão; de perseverança e resgate; de esperança e salvação.
Resenha:
Quando encerrei o livro fechei-o e fiquei um tempo esperando tudo condensar e ser absorvido. Pensei: não vou conseguir resenhá-lo. Explico.
Não li a sinopse, e li muito superficialmente algumas resenhas. Me interessei pelo livro muito mais pela capa e título do que qualquer outra coisa. Muitas vezes escolho livros assim e isso é bacana porque é todo novidade, nem sei realmente sobre o que fala, desta forma me surpreendo. Entrei em contato com o autor, negociamos a parceria, e em poucos dias recebi O Arquiteto do Esquecimento, que me surpreendeu positivamente.
Ele começa no futuro e com nuances de tecnologia. Legal. Imaginei enquanto lia que poderia ser um distópico ou ficção.
Ao lado do porta retrato, sobre uma gaze, repousava uma ampola lacrada com uma pequena faixa metálica numa das extremidades. O líquido azul-prateado tinha um aspecto sombrio. Junto dele havia uma pequena bandeja de aço e dentro dela uma seringa. A agulha era protegida por um invólucro de plástico. Numa minúscula etiqueta colada no corpo da ampola lia-se uma inscrição:
D45 - Amnol - Nível 3
Lote 5A - Teste não autorizado
Página 11
Em seguida são retratados alguns acontecimentos e o livro pula para 47 anos depois, apresentando Constantine. Ela é chamada a um hospital para visitar alguém que voltou do coma 'depois de tantos anos'. Muito bacana este início, deixa o leitor curioso e começam a aparecer as primeiras pontas soltas que nos instigam a ler sem parar.
O livro começa de fato já na página 25. Quando volta o tempo ao ano de 1925.
O livro todo conta a saga de Doran Visich. São mais de 100 anos de história contadas de uma forma detalhada em alguns pontos e com saltos no tempo em outros. Porém as idas, voltas, lembranças, esquecimentos, detalhes e pulos na história são feitos com maestria e não deixa o leitor perdido. Senti falta, confesso, de uma etapa da vida de Doran logo após um tal acidente de trem, mas nada que pudesse interferir no enredo. Eu é que fiquei curiosa mesmo.
Falando desta forma parece que o livro é maçante - conta a vida de um homem então? Nada de distopia ou de ficção ou de romance avassalador? Pois é, isso mesmo. Mas a história de Doran não é uma história qualquer. 'Esquecimento' passa a ser a palavra de ordem à medida que os acontecimentos vão sendo apresentados. Há tanta profundidade, há tantos fatos duros e doloridos que senti desejo de pedir a Doran que de fato esquecesse. De tudo. Não, o livro não é maçante. A cada novo elemento o desejo por saber o que vem depois é quase que incontrolável e não dá para não ler as próximas páginas. E tem uma certa 'tecnologia' que perpassa a estória, mas não é o foco. Demorei páginas para entender e absorver isso devido à impressão inicial que tive.
Bulzara se tornou, para mim, o mestre da 'deixa no final do capítulo'. Vários deles terminaram com frases do tipo:
"Aquelas lembranças de uma infância rica de significados se transformariam em retalhos de emoções que se perderiam nos contornos de um futuro sombrio". Página 41
Fala aí se não é uma deixa daquelas para o leitor ficar doido para saber que tal de futuro sombrio é este??
O Arquiteto do Esquecimento fala do homem. Do ser humano. Dos seus limites que na verdade não delimitam nada. São elásticos para fazer caber as necessidades nas nossas limitações. Ri e chorei com Doran, Constantine, Constantine* e os que vão passando por ali. *Não, não errei. Sim, são duas.
A diagramação é muito bem feita, os parágrafos são curtos ou com divisões de cenas. O livro é dividido em 5 partes e cada uma delas começa com uma página em preto que o deixa muito elegante. Paginas amareladas - estas são 'top'. Não achei erros não. ;)
Super recomendo a leitura!
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Beijos! Boas leituras. Sempre!
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