Resenha - Cores de Outono - Keila Gon

Título: Cores de Outono
Autora: Keila Gon
Editora: Selo Novos Talentos / Novo Século
Páginas: 440
Skoob
Avaliação: 5+

Sinopse
O inesperado, o impossível, o destino... Quem ama escolhe seus caminhos, vence o medo, ultrapassa a razão, duela com a dúvida entre o certo e o fácil para seguir seu coração. Melissa encontrou em um olhar as revelações de toda uma vida e longe da lógica escolheu o caminho confuso, mas surpreendente do amor. Ela chegou à pequena cidade da montanha com a responsabilidade de cuidar de Alice, sua irmã caçula, esperando uma vida simples. Mas se viu envolvida por Vincent, um estranho arrogante, dono de irresistíveis olhos turquesa que vai levá-la através da sombra e da luz para revelar surpresas inimagináveis de um Mundo Mágico perigoso e fascinante. A cada encontro este homem misterioso amedronta e encanta; desperta sentimentos e a faz duvidar de sua coragem. Mas, antes que Melissa seja arrebatada por esse amor, ela precisa enfrentar elfos, magos e intrigas em um mundo inóspito que testará seu coração. Cores, de outono é o primeiro volume de uma saga mágica que vai instigar emoções e paixões.


Resenha
Este livro tem uma crescente impressionante! Está me custando muito achar palavras para descrevê-lo, mas vamos tentar. 

Não costumo redigir a sinopse em outras palavras em minhas resenhas, mas este eu vou ter de abrir uma exceção e falar de uns personagens, mesmo que isso já esteja explícito na sinopse. Melissa é uma jovem normal (e o normal, no contexto do livro, chega a ser 'diferente') de 21 anos, órfã e responsável pela irmã de 5 anos. Meio atrapalhada, medrosa (tá, na verdade ela tem medo só de dirigir, mas ainda assim só quando o temor é maior que o desejo incontrolável, avassalador, absurdo de chegar no destino...). Vincent é... Como descrever Vincent, Keila? Eu não sei... Ele é único, lindo, maravilhoso, apaixonante. Ele é impulsivo, rabugento, do mal (literalmente), emburrado. É. Ele é tudo isso e mais um monte de adjetivos antagônicos, tantos que nem cabem em meu vocabulário. Alice é uma graça. Senti uma vontade enorme de dar um abraço e um aperto em sua bochecha em cada uma de suas aparições na trama. Keila conseguiu deixar 3 personagens principais no enredo, sem roubar o espaço de ninguém e sem poluir o raciocínio do leitor. Me apaixonei por estes três aí de forma irreversível.

Minhas impressões. Cores de Outono virou um dos meus livros favoritos e quem me conhece e me lê sabe que para que eu diga isso, é porque gostei de fato. Tenho uma dificuldade enorme de favoritar livros, porque fico com peninha dos outros (haha), mas este eu sei que todos os meus livros da estante vão me entender e me apoiar. De fato, é uma obra linda.

O início da estória é real e comum, lembrando os romances clichês e água com açúcar que a gente gosta de ler em tarde de domingo de inverno, sabe como? Confesso que fiquei me perguntando como é que a Keila iria inserir os elementos de magia que são vislumbrados na sinopse. De fato, não estava achando o gancho e pensei que ia sair meio bizarro quando a coisa mudasse de rumo, como se os fatos não fossem se encaixar. Os primeiros pequenos sinais de ligação me deixaram com a sobrancelha levantada e o questionamento "será que vai ser assim?!?". Pensei que não ia rolar. Ledo engano. A estória vai num crescente tão claro, natural e cadenciado, que quando a gente vê, já está inserido na fantasia e magia do enredo sem perceber e o comum e real do começo se perde em algum lugar... Fica lá, parado no tempo e no espaço. Achei sublime.

As pontas soltas ao longo do tempo vão sendo costuradas (só um fato que fica sem explicação, um fato que a própria Mel se questionou durante muito tempo, penso que deve estar lá pelas páginas do próximo livro...), mas mesmo assim Keila deixa o 'link' para a continuação bem clara, de uma forma que faz a gente fechar o livro, virar de cabeça para baixo e continuar lendo (remetendo à moda atual de dois livros num só, que eu, particularmente, odeio. haha). Mas não tem... Nada de continuação e a gente tem de se conformar que Mel, Vincent (ai, ai...) e Alice só vão povoar minhas visões de leitura de novo daqui uns tempos... sniff.

A diagramação é ótima, as boas e queridas páginas amareladas que me fizeram ler até a alta madrugada. Só um ponto negativo, para não dizer que não critiquei nada, são os capítulos. São bem grandes...

É narrado em primeira pessoa e encontrei um ou dois erros pequenos que não interferiram de forma alguma na leitura. Nem preciso dizer que recomendo demais a leitura não é? :D

E só para não dizer que não deixei quote nenhum:

'Faça o certo, não o fácil.' ;)

Beijos, boas leituras sempre.