AH! O AMOR!
Ah! O amor! Chegou! Melhor dizendo, aconteceu! Aquele que parecia frio, calculista e crítico, se mostrou um eterno romântico. Talvez o último. Talvez o único. Não importava. Tinha esperado por aquilo, quase sua vida inteira. Guardava todo aquele sentimento escondido bem no fundo, tão profundo que se tornava invisível a olho nu. Observava o tempo todo esse mesmo amor camuflado nos outros e achava tão natural. Essa naturalidade porém, abrigava um sentimento que o dominava. Sentimento que preenchia seu ser com um vazio. Se sentia só. Sozinho. Nessa solidão se perdia elaborando as mais diversas teorias sobre o amor. Teorias essas que não se aplicavam a si mesmo. Tentava encontrar um motivo para tal erro. Por muito tempo achou que a culpa fosse da sorte. Ou do destino. Chegou à conclusão que o amor era uma grandeza vetorial que provinha de uma fórmula física-matemática-filosófica-geográfica que se resumia em
AMOR = I * T * C * F,
onde I = Intensidade, T = Tempo de convivência, C = confiança e F = constante que varia conforme elementos indeterminados pela natureza humana. Tentou aplicar a fórmula em sua vida e viu que era impossível obter algo maior que zero. Mesmo escondida, intensidade tinha de sobra. Faltava confiança. Newton jamais perdoaria uma falta de confiança. Um elemento zerado, fazia todo aquele amor ocultado um nada. Precisava descobrir o que fazer para libertar essa força existente dentro de si mesmo. Na verdade, já sabia o que fazer. Sempre soube. Talvez tivesse receio. O novo é misterioso para o ser humano. Mas é atraente.
Com o tempo, viu que não poderia mais adiar a criação da confiança. Se não a fizesse agora, talvez nunca mais tivesse essa oportunidade. E teve fé. A fé não estava incluída na fórmula, mas seria impossível obter confiança se não acreditasse no que pensava, se não acreditasse em si mesmo. A confiança foi aumentando cada vez mais tornando possível o cálculo do amor. Simplificando a expressão descobriu então, AMOR = 1. Aconteceu! Estava apaixonado! Finalmente, felizmente, sabiamente, cautelosamente, sinceramente, aconteceu! Era tudo que precisava a vida toda. Teve a melhor sensação já experimentada em toda sua vida. Fazia aquilo de uma maneira tão natural que parecia que fazia desde que nasceu. Não podia discordar. Mandava flores. Escrevia cartas. Recebia flores (quem foi que disse que flores são para mulheres?). Recebia cartas. Ia ao cinema. Fazia tudo que sempre quis fazer e que antes tinha medo da opinião alheia, ou falta de confiança. Havia descoberto do dia pra noite a felicidade. O que sempre havia observado nos outros, agora estava com ele. O amor que procurava encontrar em outra pessoa, estava em si mesmo. Desde então, amou a si mesmo como se o amanhã é incerto. Precisava amar a si mesmo. Precisava saber mostrar o amor, para que pudesse amar. Estava apaixonado. Era um amor sem fim.
Antonio ABJ.
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Que legaal *-* Fez eu lembrar de alguns personagens aí.. kkk
ResponderExcluirMuito bom mesmo o texto!
Abs
fantasiandocomoslivros.blogspot.com.br
Olá Antonio!
ResponderExcluirQue texto maravilhoso! Não consigo descrever o quanto me emocionei e me identifiquei com o texto! Parabéns :)
Beijos,
Ana M.
http://addictiononbooks.blogspot.com.br/
Amei o texto, lindo. Sabe quando vc fica arrepiada?
ResponderExcluirDá uma passadinha?
http://comportamentorosa.blogspot.com.br/
Ahhh, que texto doce! Além de feliz ♥ adorei o texto do Antônio, quase me contagiou, mas quase. Ainda estou no vai acontecer ♥
ResponderExcluirbjuss linda!
Pan
http://pansmind.blogspot.com.br
Lindo! É assim mesmo...
ResponderExcluirParabéns, Antonio!
E sucesso, Nadja!
Beijão. Fica com Deus!